sexta-feira, 4 de julho de 2025
Em busca da eternidade
Megalómanos e tolinhos, parece que arrolaram mais de 500 testemunhas para adornar o Processo Marquês. Estes agentes psicóticos da pequena justiça à portuguesa bem mereciam o Guiness. ou uma porrada valente nos costados que os fizesse cair, de vez, na realidade.
Irra, até a estupidez tem limites!
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Humor negro (25)
Justiça, à portuguesa, é não só cega, como relaxada e lenta como uma lesma. Além de arrogante e presumida, na sua pequenez incompetente, na maioria dos casos.
Enumerem-se, por exemplo, as prescrições e os arquivamentos de processos por que é responsável.
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Luís Afonso
quinta-feira, 3 de julho de 2025
Convergências
Não deixa de ser uma bela fotografia onde coincide a atenção musical de um maestro celebrado e de um talentoso pianista, falecido há pouco tempo. Infelizmente, não consegui identificar o autor da foto.
quarta-feira, 2 de julho de 2025
Um título
O jornal Expresso titula, hoje: "De Carlos Alexandre a Susana Seca: em mais de dez anos, o processo da Operação Marquês passou por 300 juízes."
Para já, nunca imaginei que o MP tivesse tanto pessoal, tendo em vista o trabalho (?) produzido, e dei-me a pensar algumas coisas que passo a referir:
- a maior parte dos juízes se calhar cansaram-se e desistiram de trabalhar o processo.
- com o intenso labor dispendido terão passado à aposentação por incapacidade funcional ou mental.
- deixaram de ter curiosidade em consultar o processo.
- meteram baixa prolongada, sendo substituidos por outros colegas mais frescos.
Uma fotografia, de vez em quando... 198
Nos últimos anos, os melros têm sido dos pássaros mais abundantes nas nossas redondezas. Nervosos nos seus passos ligeiros saltitantes, raramente se deixam apanhar pelas objectivas. Mas este fotógrafo anónimo, que não consegui identificar, teve o seu momento de sorte...
Citações DXVI
Penso que toda a nossa vida se mostra no rosto e devemos mostrar orgulho nesse facto.
Lauren Bacall (1924-2014), in Daily Telegraph de 2/3/1988.
terça-feira, 1 de julho de 2025
Da Holanda
O lado visionário e paradoxal da obra do holandês Maurits Cornelis Escher (1898-1972) está profusamente documentada neste livro da Taschen que teve a sua versão (2008) portuguesa, fielmente reproduzida da original, e que tem a vantagem de todas as gravuras serem acompanhadas de um texto alusivo e/ou explicativo do seu autor.
A xilogravura 7. Sonho (1935) é legendada pelas seguintes palavras de Escher: " sonha o bispo com um louva-a-deus, ou é toda a representação um sonho do artista?"
Grato reconhecimento a H. N.
segunda-feira, 30 de junho de 2025
Teixeira Gomes
Em imagem, são duas das obras fundamentais na bibliografia de Manuel Teixeira Gomes (1860-1941), para melhor compreensão da vida e obra do escritor algarvio. A primeira, que tem como autor o jornalista Norberto Lopes (1900-1989), a segunda de Urbano Rodrigues (1888-1971), cujo filho, Urbano Tavares Rodrigues (1923-2013), reincidiu familiarmente com pelo menos 4 estudos sobre o mesmo prosador. Circunstância feliz, semelhante ao que aconteceu com os Prado Coelho no estudo continuado de Camilo Castelo Branco.
(Até parece que há gostos que se transmitem nos genes.)
sábado, 28 de junho de 2025
Ideias fixas 97
A vantagem do maestro é que, em toda a orquestra, é o único profissional que pode dar-se ao luxo de perder as estribeiras com o corpo e gesticular à vontade e com desatino frenético.
quinta-feira, 26 de junho de 2025
Sacrilégio
Em zapping ocasional, na RTP Memória, ouvi, há pouco e por acaso, a voz de Alfredo Marceneiro (1891-1982) a cantar um fado ("Amor é água que corre..."). E, inesperadamente, lembrei-me de Bob Dylan.
Será por serem vozes a cair da tripeça?
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Estado da natura 4
Embora no pleno geral da produção que, normalmente, coincide por este altura do ano, nunca o vaso da varanda a sul nos tinha brindado com um tão numeroso conjunto de buquês de hortênsias, quase em simultâneo esplendor florido.
terça-feira, 24 de junho de 2025
Desabafo (98)
Dizem os jornais que o Ministério Público vai entrar em greve em Julho. Os canais televisivos confirmam.
E eu que pensava que os agentes da pequena justiça à portuguesa estavam em greve prolongada, há anos!...
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segunda-feira, 23 de junho de 2025
Em louvor de uma editora
Houve tempo em Portugal em que as editoras tinham preocupações pedagógicas, quando não éticas. Guiavam-se também pelo lucro naturalmente, mas orientavam as escolhas das suas obras por critérios de qualidade literária. De David Corazzi a Rolland & Semiond, da Portugália aos Livros do Brasil, mais recentemente, comprar livros destas editoras era uma garantia de estarmos a adquirir obras de nível cultural. Hoje, são raras as empresas que pautam os seus critérios para lá do lucro, exclusivamente.
De fora, chegavam-nos também ecos da exemplaridade estética de algumas casas editoras. Uma das que eu tenho de memória era a empresa de Albert Skira (1904-1973), sediada na Suiça, que se especializou de forma magnífica em livros de arte e sobre pintores. Aqui a lembro, por imagem, através de um belíssimo livro sobre Henri Matisse (1869-1954), de 1959, obra que me foi oferecido pelo meu amigo H. N., a quem mais uma vez agradeço a lembrança.
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Impromptu 83
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sábado, 21 de junho de 2025
Antologia 25
As Matanças
Mês de Dezembro, na Junça, na casa do Manuel Coelho, lavrador dos mais remediados da povoação e que, por esse facto e por ter numerosa família, mata dois porcos, cada um deles de peso não inferior a oito arrobas. Mal amanheceu, toda a família se pôs a pé, a arrumar, a limpar, a chegar os panelões à fogueira de ramos de tomilho e de giestas com achas de carrasqueira e freixo, o mais novito até, o Augusto, em fralda ainda, a fazer piruetas e a cantarolar no meio da casa. Os porcos, que não comeram a ração última da tarde, grunhem na corte, desconhecedores do mal que os espreita. Afiam-se facas, ajeitam-se estopas para calafetar o buraco mortal da mortal ferida do porco, limpam-se convenientemente alguidares e barrenhões para o sangue, deita-se-lhes uma porção de sal no fundo, vai-se ao sobrado pelo chambaril que há-de suspender pelos jarretes o cadáver, para ser aberto; (...)
Carlos Alberto Marques, in Beira Alta (pg. 157).
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Porco
sexta-feira, 20 de junho de 2025
Bibliofilia 223
Já por aqui falei de M. Moleiro Editor, sediado em Barcelona e com delegação em Madrid.
Ciclicamente, recebo encartes que dão conta, por imagem e texto, das reproduções que fazem, para venda, de livros preciosos e raros de vários países. Neste último encarte que recebi, anunciam a edição facsimilada do Atlas de Fernão Vaz Dourado (1571), que consta do acervo da Torre do Tombo.
O editor Moleiro está presente na Feira do Livro de Lisboa no pavilhão D38, até 22 de Junho de 2025.
quinta-feira, 19 de junho de 2025
Citações DXV
Dever da lucidez: conseguir chegar a um desespero correcto, a uma ferocidade olímpica.
E. M. Cioran (1911-1995), in Syllogismes de l'amertume (1952).
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Lucidez
quarta-feira, 18 de junho de 2025
Uma banalidade clássica, mas...
... por um grande pianista
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terça-feira, 17 de junho de 2025
Divagações 206
É minha convicção que o rigor e a exigência abrandaram no mundo, nos últimos tempos. A tolerância quando não o relaxe ganharam uma flexibilidade impensável ainda no século passado. Ponto assente, anteriormente, era de considerar a literatura policial como um género menor...
A precedência de Georges Simenon em La Pléiade, de algum modo, permitiu que a prestigiada colecção francesa, quase equivalente a uma academia de imortais, viesse a albergar agora parte dos livros de Arthur Conan Doyle (1859-1930), em dois volumes. Incluindo a dita obra canónica do escritor composta por 4 romances policiais e 56 novelas, produzidos entre 1887 (Um estudo em vermelho) e 1927, que têm por figura central o detective Sherlock Holmes.
segunda-feira, 16 de junho de 2025
domingo, 15 de junho de 2025
2 poemas de Dorothy Wellesley (1889-1956), em versão poruguesa
Moon
Ah, quem consegue esquecer sua primeira noite?
Por onde a lua carnal há-de nascer?
A terrena, a luz mais sensual
que no céu do planeta havia de brilhar.
Godparents
A divina Imaginação veio até mim,
Para acender a candeia da cabana.
A doce Filosofia abriu a porta
E a sublime Razão veio com ela.
Dorothy Wellesley (1889-1956), in Lost Planet and other poems (1942).
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sexta-feira, 13 de junho de 2025
Comic Relief (164)
É passível de variadas interpretações, quanto a mim, este curioso cartoon de Selçuk (1954), inserido recentemente em Le Monde. Entre a artificialidade da profissão em causa (diplomacia) e seus agentes flexíveis, e as guerras que, por interpostos terceiros, grassam no mundo, por exemplo.
Que cada um faça a sua própria leitura.
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Selçuk Demirel
quinta-feira, 12 de junho de 2025
Memória 152
Passaram recentemente (6 de Junho) 150 anos sobre o nascimento do grande escritor alemão Thomas Mann (1875-1955). Obras como A Montanha Mágica (1924) ou A Morte em Veneza (1912) fazem parte da minha memória maior de literatura europeia.
Assim, esta modesta evocação.
quarta-feira, 11 de junho de 2025
Penúltimos
Tive hoje a grata surpresa de me oferecerem os dois penúltimos volumes que me faltavam da Antologia da Terra Portuguesa. O meu bom amigo H. N. sabia que me faltavam apenas 3 livros da colecção da Bertrand, editora que, quase sempre e por mau costume, não indica a data da impressão das obras... Esta série é, vagamente, dos anos 50 do século passado e foi orientada por escritores e poetas competentes.
A partir de agora ficou apenas a faltar-me o volume nº 14, Os Açores, organizado por A. Côrtes Rodrigues.
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Livraria Bertrand
terça-feira, 10 de junho de 2025
De antologia...
" Somos portugueses porque somos universais e somos universais porque somos portugueses."
Marcelo Rebelo de Sousa (1948), no discurso do 10 de Junho de 2025.
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