quinta-feira, 10 de junho de 2010

Citações XXXI : Jorge de Sena



Eu teria preferido citar Jorge de Sena através de algumas ideias que ele desenvolveu no seu discurso proferido no dia de Portugal, em 10 de Junho de 1977. Infelizmente, não consegui ter acesso ou encontrar essas palavras. Vão outras: excerto de um texto que o Poeta escreveu em 1958, e veio a incluir, mais tarde em "O Reino da Estupidez-II", editado pela Moraes, no ano de 1978. Jorge de Sena representa, para mim, o exemplo acabado de como se pode ser grande, lá fora, sem os constrangimentos, mesquinhez e invejas de que este nosso país, às vezes, é tão pródigo. E aqui vão as palavras de Jorge de Sena:

"Mas o melhor de tudo, em Portugal, a ser-se ilustre, é não ter família. Não haverá assim, quem nos venha pedir contas de quaisquer ingratidões, em nome do facto de o homem ilustre ter sido tão bondoso que a família é testemunha de que ele a tinha constantemente ocupada a fazer casaquinhos para os pobres. De contrário, com dezoito tios, sessenta e sete primos quase direitos, oito cunhados e cunhadas, e nove filhos, era um homem perdido para a posteridade."
Jorge de Sena (1958).

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