Já sobra pouca luz ao dia e há 4 andorinhas, em voo frenético, que se apressam para algures a sul. Duas gruas esqueléticas e nuas param-me em frente à janela, como dinossáurios metálicos, inúteis. Palmela ainda se não acendeu de almenaras, mas o silêncio ameno e inesperado desta rua, no coração de Lisboa, aumentou consideravelmente desde a quarentena.
Ó almas insensíveis e palermas!, por que não contabilizar, a favor, os grandes benefícios do confinamento, a começar pela ausência saudável dos turistas low-cost de alpergatas e calções havaianos, pelas ruas alfacinhas?!
Também acho que o confinamento tem vantagens. Mas a pressão da economia obriga ao desconfinamento, o que me deixa apreensiva. Bom dia!
ResponderEliminarLisboa está um sossego. E voltou a ser bonita..:-)
EliminarRetribuo, cordialmente.
Ainda não nos aventurámos a passear nessa Lisboa tranquilamente vazia, mas as imagens que temos visto mostram-nos uma outra cidade, muito mais bonita, não haja dúvida.
ResponderEliminarComeço a notar um aumento de trânsito, que vem perturbar a tranquilidade dos passaritos que tomaram conta de espaços antes proibidos. A ver vamos se se reajustam bem.
Bom dia
Há na verdade mais gente na rua na zona outrabandista e também em Lisboa, mas as ruas estão desafogadas, amplas e são pouco frequentadas. A Capital ganhou o ar ameno de outrora, apesar das muitas lojas fechadas.
EliminarBom fim-de-semana.
Lembrei-me agora de uma pergunta que o meu saudoso companheiro me fazia,
ResponderEliminarquando eu na Ericeira protestava quando havia muita gente.
Querias a Ericeira só para ti? É óbvio que também agora, eu gostava que
Lisboa estivesse como a encontrei hoje. Mas fiquei com vontade de lá voltar
brevemente. Mais uma vez boa tarde.
Mas nos últimos tempos, em Lisboa, era demasiado e um abuso, até por vezes, essas gentes bloqueavam os passeios a tirar selfies e outras fotos, obrigando os naturais a sair para a rua para conseguir passar...
EliminarRetribuo.
Passei parte da minha tarde "agarrada" ao livro de Marcello Duarte Mathias
ResponderEliminar"No devagar depressa dos tempos" notas de um diário 1962/1969 a que muitas
vezes regresso. Uma exaltação ao Chiado que me dá um enorme prazer embora
agora seja apenas uma longínqua recordação. Nesta última visita senti um
pouco, ou imaginei um regresso aos anos 60 ou 70. "Lembrar de raízes" é
outro livro de que gosto. Agora falta-me ir ver o mar à Praia das Macãs e ir
ao cinema. Tenho uma vaga esperança. Boa semana.
Creio ter lido esse livro emprestado por um amigo. Por cá tenho vindo a ler Luis Sepúlveda, entremeando com o TLS e Truman Capote (Music for Chamaleons).
EliminarAos poucos, as coisas hão-de voltar ao possível e normal,embora espero que com mais equilíbrio na intensidade (turismo, pelo menos).
Uma boa noite.