Como na erva jovem ou à flor da água
quero ouvir teu silêncio, menina.
Um silêncio constelado de sorrisos,
onde os teus olhos sejam dois barcos ancorados.
Eu, único, marinheiro.
Uma funda alegria nas velas brancas, suaves,
- palavras que guardam ainda o ar da flor do linho -
esperando a manhã
em que eu deixe o cais e cego me embarque
capitão dos teus olhos veleiros.
Aquilino Iglesia Alvariño (1909-1961).
Maravilhoso, o poema e casa na perfeição com o quadro. Gostei muito.
ResponderEliminarUm post muito inspirado.
Parabéns! :-)
Obrigado, Sandra. Às vezes, consigo acertar..:-)
EliminarUma boa tarde, para si!
Mais um poeta que desconhecia e de que gostei.
ResponderEliminarOs galegos têm uma sensibilidade próxima da nossa, MR.
EliminarUm bom fim-de-semana (que está próximo)!
Gostei do poema, mas também da pintura. De quem é?
ResponderEliminarÓptimo que tenha gostado, Margarida.
EliminarO pintor da marinha é francês: Frédéric Montenard (1849-1926).
Muito bonito!
ResponderEliminarEstamos de acordo..:-)
ResponderEliminar(Por alguma razão, falha técnica ou «nabice» minha, a coisa não chegou afinal a sair ontem. Era só para lhe sugerir um outro galego, dos melhores (digo eu) contemporâneos, Xosé Álvarez Cáccamo. Escreve e publica demais, mas vai acertando com boa frequência. Se não conhecer, experimente)
ResponderEliminarCumprimentos,
G. R.
Pois não conheço, não senhor, e vou tentar ler. Obrigado.
ResponderEliminarUm bom ano de 2014!