É, provavelmente, a gralha maior que atingiu os prelos portugueses, no que diz respeito a livros de poesia, este "Orbas" (sic), de Cláudio Manuel da Costa (1729-1789), impresso em Coimbra, no ano de 1768, na Officina de Luiz Secco Ferreira. O facto não abona, em nada, o profissionalismo e cuidado deste impressor conimbricense.
Muito pouco estudado em Portugal, embora Vitorino Nemésio lhe tenha dedicado um pequeno ensaio (Bertrand), seguido de uma antologia, este poeta, nascido no Brasil, ao que julgo, nunca mais terá sido reeditado, por cá. Diferentemente do Brasil, até porque a sua morte, na prisão, por pertencer à Inconfidência Mineira, nunca foi devidamente esclarecida (Assassinato? Suicídio?), e ainda hoje provoca controvérsia.
O exemplar da minha biblioteca foi comprado em meados dos anos 80, por Esc. 2.800$00. O preço não elevado, uma vez que o livro não é frequente, deve-se ao facto de lhe faltar o frontispício, que foi substituído por uma fotocópia (a imagem, neste poste, reproduz o frontispício do exemplar da BNP).
No recente leilão de Pedro de Azevedo, aqui anunciado, havia um exemplar (lote 215) semelhante, mas com a folha de rosto original. Tinha uma estimativa de venda entre 100 e 200 euros.
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