Voltou o vento fresco, ao fim do dia. E, com esta pequena brisa, chegam-me também os pios e a restolhada dos pequenos pardais, invisíveis na folhagem das árvores. Congratulam-se, felizes, como eu: pedimos pouco. Porque ontem, à noitinha, aves e gentes, todos faziam silêncio, alumbrados e perdidos na fornalha de deus que avançou noite dentro. Mas, hoje, as cortinas inflam para fora das janelas e varandas, e algumas (poucas) toalhas de praia garridas agitam-se nos estendais. Que o vento não cesse, nem se canse!
O "aladino" abriu os olhos eram 20,48 - cada vez a noite vem mais cedo. Uma criancinha, na rua e entre pais jovens, uiva, de repente, com persistência uns bons dois minutos. É uma assimetria selvagem, no silêncio fresco. O casal, impávido e sereno. Concluo, maldosamente, que os jovens pais devem seguir a cartilha teológica e dogmática do Dr. Daniel Sampaio. Quando eu era jovem, estes uivos calavam-se mais à bruta... Mas, normalmente, com melhores resultados futuros.
Em Colónia, dizem-me, chove a cântaros e troveja apocalipticamente - estão 20º de temperatura. Vestem-se casacos de malha, em casa, para não ligar ainda o aquecimento central.
Portugal, arde.
Dizem que amanhã refresca, mas sexta volta a fornalha.
ResponderEliminarBoa noite!
Oxalá, MR. Boa noite!
ResponderEliminarHoje há uma brisa. Espero que perdure pelo dia, embora seja péssima para os fogos.
ResponderEliminarLá isso é verdade, Miss Tolstoi. E, pelos jornais,ainda há muitos focos activos.
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