Num comentário a um pequeno vídeo de música de Telemann, que muito recentemente surgiu no Arpose, MR perguntava se Eugénio de Andrade (1923-2005) gostaria da obra do compositor. Não creio que ele alguma vez o citasse, mas refere, que eu me lembre, Bach, Beethoven, Haydn e Schubert. E tem também um poema dedicado à memória de Webern. Em Obscuro Domínio (1971), no poema Envio, Eugénio de Andrade escreveu na terceira estrofe:
A Mozart
que escreveu o Alegretto do Concerto em Sol
(K. 453) à memória de um estorninho.
W. A. Mozart era por isso também uma das referências do Poeta.
É esse andamento que aqui surge interpretado, ao piano, por Maria João Pires.
Especialmente dedicado a MR, com as melhores lembranças.
Especialmente dedicado a MR, com as melhores lembranças.
Confesso não ser fâ deste género de música. Sou mais pela canção ligeira e/ou fado. Tenho "mau gosto" dirão alguns. Mas é o que tenho, lol
ResponderEliminar.
Cumprimentos poéticos
Um domingo feliz
Está a repetir-se: é que já disse várias vezes que não gosta de música clássica - cada um é como é...
EliminarQuase juraria que sim, que o Eugénio gostava de Mozart. Vou tentar encontrar mais alguma referência relativa a esse gosto.
ResponderEliminarAliás, pergunto-me se haverá alguém que não goste de Mozart (excluindo, obviamente, o comentador Rik@rdo lol).
E interpretado por Maria João Pires? Um luxo!
Tive o privilégio de assistir a vários concertos em Belgais: absolutamente inesquecíveis.
Dias bons, com saúde.
Maria
Invejo-a em relação a Belgais, embora tivesse assistido, ao vivo, a interpretações de Maria João Pires, em Lisboa. É um facto o gosto acentuado de Eugénio de Andrade por Mozart.
EliminarUma boa e saudável próxima semana.
É curioso que esta tarde estive a ler o livro "Duas cidades" selecção e prefácio de Eugénio de Andrade. Na página 48 refere o concerto em Ré Menor tocado por Edwin Fisher. Ouvi no Mosteiro dos Jerónimos um concerto por Maria
ResponderEliminarJoão Pires e na Gulbenkian várias vezes. Infelizmente não é possível recordar
as obras que ouvi, porque cada vez mais, a memória se vai apagando.
Desejo-lhe uma boa noite.
" ...É Edwin Fischer que toca, e talvez nunca ninguém, excepto o próprio Mozart, tenha tocado melhor o Concerto em Ré Menor. ...", assim escreveu ele.
EliminarNa verdade o difícil, normalmente é lembrar o que ouvimos, no tempo. Tenho 3 ou 4 memórias certas e seguras apenas.
Uma boa semana.
Sim, é quase impossível lembrar tudo a não ser que tenhamos os programas. Encontrei dois de Belgais:
EliminarA Escandinávia (15Fev2003), dedicado ao Peer Gynt do Eduardo Grieg e também ao José Gomes Ferreira (que eu só conhecia como poeta e que viveu alguns anos na Escandinávia).
Eram concertos temáticos, sempre com vários artistas convidados.
O Japão (21Jun2003)
"Geshi" (Solstício)
Realizado na maior noite do ano, foi um deslumbramento.
Já não recordo se foi nessa noite que fomos brindados com uma super Lua, foram vários os concertos a que assisti ao ar livre.
O ambiente era fantástico, havia crianças e cães também, mas, por incrível que pareça, todos se portavam bem... bem, de quando em vez lá se ouvia o coaxar de uma rã no lago do pátio das laranjeiras ou um passarito a chilrear... mas até isso era belo :))
E no intervalo, a Maria João Pires ia para a cozinha ajudar a servir sandes vegetarianas, sumos e sopas.
Bons tempos.
As minhas desculpas pela extensão do comentário: entusiasme-me...
* entusiasmei-me...
EliminarGostei. Foi um comentário simpático e rico de memórias, que li com grande agrado. Não tenho memórias tão precisas e com os locais respectivos. Lembro-me da primeira ópera a que assisti ( O Barbeiro de Sevilha) e onde, uma ária de "O Pescador de Pérolas", de Bizet; e da "Gruta de Fingal", pela estranheza do nome, de Mendelssohn. Pouco mais.
EliminarUm bom dia.
Muito obrigada pelo seu post, APS.
ResponderEliminarUm belíssimo concerto, este de Mozart. Nesta lista, estão três dos meus compositores: Bach, Mozart e Schubert. :)
Boa semana!
Foi um gosto, além de que a música de Mozart é muito bonita..:-)
EliminarRetribuo cordialmente os votos.