Paul Klee
Há bastante tempo que se vinha aflorando, em tertúlia
particular semanal nossa, que havia qualquer “fim de festa” no ar, sem se saber o que
viria a seguir. De certeza apenas “a consciência da vida caótica que o capitalismo
engendra”, singularmente expresso por José Gil no seu último artigo:
“Vivemos, neste momento, dois tempos diferentes, em
simultâneo: o nosso presente da vida confinada e o tempo da espera que a
pandemia acabe. Nem um nem outro, nem os dois sobrepostos, ajudam a agir.
Alguns pensam que este período de isolamento deverá ser aproveitado para tomar
consciência da necessidade de mudar de vida, recusando voltar à “normalidade”.
A normalidade representa o tecno-capitalismo e a vida caótica que ele engendra.
(...) Mas mais profundamente, ela mostrou, segundo muitos, a futilidade e o
vazio da vida sem sentido em que os povos viviam antes da pandemia”.
José Gil, Público,
13.4.2020
O que se deseja, certamente e de uma forma lúcida, é que a
humanidade regresse a uma outra racionalidade, porventura numa retrotopia,
palavra que fixei com interesse. O livro de Zygmunt Baumann, com o título Retrotopia está a caminho. Restam, para
já, as palavras do autor, ditas numa entrevista ao El País: “Mirar atrás para recoger no significa ir atrás no volver”.
Gostava de ler esse "Retrotopia", mas fui espreitar no site Wook e não há em português...
ResponderEliminarUm bom dia:))
Para Isabel:
EliminarNão sei se há uma edição em Castelhano...
Li o interessante artigo de José Gil no jornal "Público" e curiosamente noto que ninguém (comentadores, "especialistas" e politólogos) se interroga sobre o estado do capitalismo, essa ideologia que governa o universo, que depois de ter inventado o "politicamente correcto", conseguiu domesticar os contestatários.
ResponderEliminarMuito boa tarde!
Para Mister Vertigo:
ResponderEliminarO "pasto" é duro demais para algumas cabeças ocas que por aí andam. E o neo-liberal da nossa praça não conhece, nem aceita outra ideologia.
Também li e gostei do artigo de José Gil. Mas até acho que alguns politólogos e economistas até se têm interrogado quanto ao futuro do capitalismo, se vai conseguir responder ao que por aí vem. Mas andam todos um bocado aos papéis...
ResponderEliminarVi numa livraria A arte da Vida de Zygmunt Baumann que me despertou interesse.
Boa noite!
Para MR:
EliminarPara já interessava-me ler o Retrotopia, depois logo se verá.