No primeiro volume de Em Busca do Tempo Perdido (Livros do Brasil), de Marcel Proust (1871-1922), consta, a páginas 212, a seguinte frase: "(...) Mas agora podia perguntar o nome da sua desconhecida (disseram-lhe que era o andante da sonata para piano e violino de Vinteuil), tinha-a segura, podia tê-la consigo quantas vezes quisesse e tentar aprender a sua linguagem e o seu segredo."
Se procurarmos, por todo o lado, não encontraremos o nome do compositor Vinteuil, porque ele não existiu. Mas o chileno Raoul Ruiz (1941-2011) fez acontecer a dita sonata, no seu filme Le Temps Retrouvé (1998), com a ajuda do seu compatriota e compositor Jorge Arriagada (1943).
É dessa composição imaginada que damos um pequeno excerto.
Anda a ler o Proust? Eu tentei, quando estive confinada, mas... vai ser na reforma. :)
ResponderEliminarBoa leitura!
As minhas múltiplas tentativas têm sido inúmeras e humilhantes: desta última, li 6 páginas..:-)
EliminarDeixe-me ser bruto e insensível: Proust é um chato minucioso. Pai emérito do "nouveau roman" de que eu também não gosto.
Cada um tem as suas famílias, não lhes podemos escapar.
Ao que dizem, Proust não era muito versado em música clássica, mas há quem arrisque que este Vinteuil teria sido inspirado em Cesar Franck.
Boa tarde.
Hoje vou tirar essa dúvida junto de uma amiga proustiana que me chateia até ao infinito para eu ler Proust. :)
EliminarEu da primeira vez cheguei quase ao final deste volume; agora também pouco mais li que seis páginas. Aquilo é uma renda muito rendilhada.
Bom sábado!
A obra, realmente, desafia a minha paciência...
EliminarMas pode acontecer que, um dia, eu cumpra o sacrifício e aconteça como com "Guerra e Paz", de Tolstoi, que, com esforço, consegui ler até ao fim.
Boa tarde.
Gosto de ler Proust e iniciei-me precisamente com esta edição que fui comprando na Livraria Castil. Mais tarde reli a edição da Relógio d'água e depois na Folio e encontro no original uma certa musicalidade. Quanto à tão "famosa" sonata de Vinteuil, desconhecia a possível fonte de inspiração, enquanto no filme de Ruiz, gostei da banda sonora, mas a forma como foi realizado não foi de encontro com o meu gosto.
ResponderEliminarBom fim-de-semana!
Proust, da minha parte, está em boa companhia, com "A morte de Vergílio" de H. Broch e "Berlim Alexanderplatz" de Alfred Döblin, que também não consegui ler, e que também são considerada obras-primas da literatura universal. Não é que não faça tentativas, de tempos a tempos..:-)
EliminarRetribuo os votos, cordialmente.