Dou-me bem de vez em quando a reler obras que já foram de minha estimação, até para tomar depois a temperatura da minha perspectiva actualizada e do valor que hoje lhes dou, concretamente.
Calhou esta tarde a vez a Ramos Rosa, Almeida Mattos e Gedeão. O primeiro poeta quase me deixou indiferente, soube-me muito bem reencontrar as palavras do meu amigo António (Conjuntivo Presente, Afrontamento, 1991) e gostei de ler o início da introdução de Jorge de Sena à obra poética de António Gedeão, no volume da Portugália (1964).
Não resisto a transcrever um pequeníssimo excerto do texto de Sena:
[...] Um homem não começa a publicar livros aos cinquenta anos, para brincar de poeta consigo mesmo, mas porque rompeu os muros de timidez e de orgulho, que o inibiam de mostrar-se o poeta que era. Nem toda a poesia deste mundo nasce dos apetites juvenis de ser-se notável pelo menos para algumas páginas literárias e alguns críticos atenciosos. [...] (pg. XII)
Fui à estante espreitar as minhas Poesias Completas do António Gedeão (edição da Sá da Costa de 1982) e também tem o esboço de análise objectiva por Jorge de Sena (Abril de 1968, 52 páginas).
ResponderEliminarGosto muito do António Gedeão.
Um bom sábado.
🌻
É um bom trabalho embora com as marcas do tempo.
EliminarBoa tarde.
Depois de muito procurar lá consegui encontrar da Portugália as Poesias Completas, com o meu nome e a data 2/1/70. A análise objectiva de Sena
ResponderEliminarquase dava um livro. Uma análise, mais que pormenorizada digo eu.
Alguma poesia de Gedeão, foi muito bem aproveitada por alguns músicos.
Foi e é, um dos meus poetas preferidos. Bom domingo.
O meu tem a data de 1964. Estes prefácios, que a colecção Poetas de Hoje trazia quase sempre, era bons, normalmente. O de Edmundo de Bettencourt, por Herberto Helder, é muito interessante, por exemplo.
EliminarRetribuo os votos para amanhã.
Bem interessante este trecho. Boa tarde!
ResponderEliminarSena é quase sempre original nas perspectivas.
EliminarBoa tarde.