Na introdução às Poesias de Guilevic, editadas pela Editora Ulisseia, em 1965, David Mourão-Ferreira, com a prática de tradução que lhe assistia, escreveu o seguinte:
"... O que mais interessa, aliás, numa tradução de poesia, é obter uma série de correspondências - de ritmo, de tom, de atmosfera, de sentido -, ainda que para tal se tenha de entrar em guerra aberta com o Dicionário. Valery Larbaud, que discorreu como ninguém mais, sobre «a arte e o ofício» do tradutor, sublinhou a importância, entre todos os outros, do «Dicionário da nossa memória», observando, nomeadamente, que, por mais contrário que pareça toda a lógica, «uma única e mesma palavra, empregada pelo Autor em duas diferentes passagens não será sempre traduzível pela mesma palavra nas duas passagens correspondentes».
Claro, mais claro não há. (Sem ironia.)
ResponderEliminarQuem sabe, sabe!...
ResponderEliminarBom domingo!