1. A un hombre de gran nariz
Era um homem a um nariz colado,
era um nariz superlativo,
era um alambique meio vivo,
era um peixe espada bem barbudo;
era um relógio de sol mal encarado,
era um elefante da boca para cima,
era um nariz saído e pontiagudo,
...
Francisco de Quevedo (1580-1645)
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2. Política Literária
O poeta municipal
discute com o poeta estadual
qual deles é capaz de bater o poeta federal.
Enquanto isso o poeta federal
tira ouro do nariz.
Carlos Drummond de Andrade (1902-1987)
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3. O País Relativo
País onde qualquer palerma diz,
a afastar do busílis o nariz:
- Não, não é para mim este país!
Mas quem é que bàquestica sem lavar
o sovaco que lhe dá o ar?
...
Entreicheiram-se hostis, os mil narizes
que há neste país.
Alexandre O'Neill (1924-1986)
Post giríssimo.
ResponderEliminarE este (será de Bocage?):
Nariz, nariz, e nariz,
Nariz, que nunca se acaba;
Nariz, que se ele desaba,
Fará o mundo infeliz;
Nariz, que Newton não quis
Descrever-lhe a diagonal;
Nariz de massa infernal,
Que, se o cálculo não erra,
Posto entre o Sol e a Terra,
Faria eclipse total!
Fui à net e vi que é do Bocage.
ResponderEliminarNão conhecia. Obrigado, MR. Tenho na forja um próximo "Salão" em que Bocage estará presente.
ResponderEliminarMas possivelmente só será em 2010.