domingo, 26 de julho de 2020

Pelo aniversário de A. de A. M., ausente


Nem a voz solta nem o corpo arde
que em outro fogo agora se consome
em mudo olhar, se prende de teus olhos,
nos lábios sem palavras. Um afago
por dentro cresce, leve não se encontra
gestos, presos agora, tumultuam
a ilusão de breve eternidade.


António de Almeida Mattos (1944-2020), in A ilusão do breve (2010).

8 comentários:

  1. Belo poema. Também gosto do retrato. Um grande abraço e bom Domingo!

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    1. Estamos de acordo. E dos retratos que o António tinha por casa (Barata Feyo, Azinheira...), este, de Rodrigo Costa, sempre me pareceu o mais fiel e parecido.
      Agradeço e retribuo.

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    2. Não conheço o pintor. Vou pesquisar. Bom dia!

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    3. Não sendo propriamente inovador, creio que pinta muito bem e tem obra digna de se conhecer.
      Boa tarde.

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  2. Lindo poema e um belo retrato. Deviam-se conhecer bem, o retratista e o retratado.
    Boa semana!

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