Sem pretender divagar sobre a evolução normal da língua que, frequentemente, é confundida com a ausência e/ou a falta de domínio de regras básicas, não resistimos e queremos denunciar o atrevimento implícito no folheto acima reproduzido.
Com efeito, o INE e a DGEG, como outras tantas entidades públicas com responsabilidades na defesa da língua, ignoram, certamente, as formas de tratamento em Português. Por isso, aconselha-se a consulta de um conhecido livrinho de Luís Lindley Cintra, Sobre "Formas de Tratamento" na Língua Portuguesa ou simplesmente a sua Nova Gramática do Português Contemporâneo, elaborado em colaboração com Celso Cunha.
Ao cidadão, ainda ciente das formas de tratamento em Português que respeitam a sua idade e condição social e que não aceita ser reduzido, impunemente, a essa categoria amorfa de "Você", assiste o "direito à indignação". Ao atrevimento da ordem implícita de "ponha/tenha" poderá sempre defender-se e não abrir a porta, evitando, assim, que semelhante "gente" lhe estraga a paz dos dias dentro das suas quatro paredes.
Post de HMJ
Gente imperativa!
ResponderEliminarMuito recentemente falei com um amigo sobre isto da "ordem implicita". A mais antiga de que me lembro eh o "Aprenda": "Aprenda a gostar de agua tonica"!
ResponderEliminarps. desculpem a falta de acentos.
«Aprenda a gostar de água tónica» é o máximo. Por acaso, gosto. :)
ResponderEliminarMas a publicidade gere-se por outros códigos. Podem-se-lhe permitir algumas liberdades. Com conta, peso e medida.
Como o "Há mar e mar, há ir e voltar..." do nosso O´Neill...:-)
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