O destino final era a Areia Branca, onde iamos almoçar com H. N. e Esposa, mas fizemos um ligeiro desvio, por Bucelas (a do "vinho do Charneco" de que falam crónicas antigas) para visitarmos a Quinta da Murta. Na altura, o "Quinta da Murta", branco, era o meu Bucelas preferido, feito de puro Arinto. Uns anos, limonado, outras colheitas, de sabor mais mineral, quase seco. Na região demarcada, o topo de gama continuava a ser o "Morgado de Sta. Catherina" que, no entanto, sempre achei um pouco doce demais e oleoso, para o meu gosto. Vai, porém a jeito, com uma boa "Encharcada" ou um "Pudim do Abade de Priscos" - feito como manda a lei minhota, e o dito Abade de ali para as bandas de Vila Verde.
Antes, e eu que sou um fã incondicional do Arinto, em Bucelas - quando bem feito ombreia, em pleno, com os melhores "Riesling's" renanos ou do Mosela - ,dizia eu, habituara-me ao "Prova Régia" que cumpria em qualidade e preço, e muitas vezes, em gosto e sabor. Mas quando provei o primeiro "Quinta da Murta" (de 2001), fiquei conquistado e cliente. E o rótulo, com desenhos de azulejos portugueses, era uma lindeza tamanha!
Lá chegamos à Quinta e à fala com Francisco Castelo Branco, cavalheiro simples, urbano e simpático. Na sala de venda e provas víamos o sol iluminando uns socalcos altos de vinha que lembravam o Douro vinhateiro ou o Ahr alcantilado (Pfalz, Alemanha). Castelo Branco disse-nos que começaria a vindima na segunda-feira seguinte (estavamos no primeiro sábado de Setembro desse ano). Choveu na segunda-feira seguinte e nunca soube se ele a teria iniciado, como tinha previsto. Compramos espumante e o "Quinta da Murta" normal. O produtor de Bucelas ofereceu-nos 2 garrafas do "Reserva", estagiado em casco de carvalho - bem bom.
Na Areia Branca, que estava linda embora um pouco ventosa, deixamos a H. N. duas garrafas do Bucelas, normal, para ele se deliciar, com a família. Creio que almocei nesse dia uma dourada atlântica (nada de aviários aquáticos!). Aliás, todos comemos peixe, todo ele fresco e bem grelhado. E muito saboroso. Demos uma volta à beira-mar e até conseguimos adivinhar as Berlengas, ao longe. Despedimo-nos, e lá trouxemos o "Quinta da Murta" para Lisboa. Para pousar, mas por pouco tempo...
P.S.: para H.N., com Amigo abraço, desejando rápido restabelecimento.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarVou procurar este Quinta da Murta, já que gosto de Prova Régia e dos vinhos de Bucelas.
ResponderEliminarObrigada pela informação.
Uma actualização,MR. O "Quinta da Murta" encareceu um pouco e, nos 2 últimos anos, tenho tido dificuldade em encontrá-lo. Está nas minhas intenções, por todo o mês de Setembro, voltar à Quinta. Entretanto, e passe a publicidade, o PD (Feira de Vinhos e Sabores),até 5/10, tem o "Prova Régia", se comprar 6, paga só 5 garrafas. Fica a unidade a 2,49 euros. A colheita (2009) não é das melhores, tem um bocadinho de gás, a mais, mas ainda se bebe muito bem.
ResponderEliminarObrigada.
ResponderEliminar