quinta-feira, 1 de março de 2012

Favoritos LXII : desaparecimentos e efemérides


Às vezes, os factos associam-se, num universo pequeno de melancolia.
Faz, hoje, 86 anos que, muito fragilizado, e com 59 anos incompletos, morria em Macau, o poeta Camilo Pessanha. É um dos meus poetas portugueses predilectos, e que nunca me canso de reler.
Hoje, se passar na Rua do Carmo, já não poderei entrar na Livraria Portugal, para ver livros. Ontem, foi o último dia em que esteve aberta, antes de encerrar, definitivamente.
Há cerca de uma semana lá comprei o meu último livro, que se mostra em imagem - talvez venha a falar dele, mais tarde. Mas a Livraria, quando lá entrei pela última vez, tinha já uma atmosfera de velório antecipado: as estantes meio-vazias, empregados e clientes falando baixo, memórias antigas, tristeza...

3 comentários:

  1. Na semana passada fui lá e fez-me impressão ver funcionários que lá estão há certamente 40 anos.
    É verdade que, nos últimos anos, raramente lá comprei um livro.

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  2. Vou contar uma história no Prosimetron, em geminação. :)

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  3. Dois dos empregados conhecia-os, de lá, há mais de 30 anos.
    Força com a geminação, MR!..:-)

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