![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLZicMvZe1qP_BlfYo1QqhDujqN448p6785g6Sb0COaQlyR4oNCmr9ausxaGKMbSaWcCV3zefa7fKMeE2yu4JTMYi7cLe2NQO-eArcu6GfACvCqa0WxbaGQHajU1NsSla8YhE3ocrhoSzn/s400/bacon_edipo.jpg)
Seja embora um pouco desconexo o fio da conversa, feito de nuvens, nomes e números, onde as memórias se atropelam, a caligrafia e a mão que a traça são firmes, e correm em simultâneo. Coisas ditas ou escritas que já não se usam, hoje em dia, mesmo que formalmente.
Na manhã rósea e luminosa os ruídos amortecidos confundem-se num caos harmonioso. O cantar do galo, os pavões das dinastias perdidas, os garnisés de crista meio-cegos e os patos deambulantes. Em fundo, o surdo trânsito omnipresente, logo após os buxos e muros que cercam a casa. Um melro, harmonioso no seu canto, sublinha tudo isto. Coroa de negro e laranja a luz da manhã de Março, onde as folhas tenras e verdes da Primavera vão rompendo.
Sem comentários:
Enviar um comentário