sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Robert Frost


Poeta americano, Robert Frost (1874-1963), abordou em grande parte da sua obra temas da Natureza e da atmosfera rural de New England. A sua vida foi cercada de tragédias familiares, de tal modo que, dos vários filhos que teve, apenas dois lhe sobreviveram. No epitáfio, que escreveu para si próprio, diz: "Eu tive uma desavença amorosa com o mundo."
O poema que traduzo a seguir, Fire and Ice, é de 1920 e foi publicado, pela primeira vez, no Harper's Magazine. Mais tarde, foi incluído no livro "Country things and other things". Foi inspirado no Canto 32 do "Inferno" de Dante.

Fogo e gelo

Alguns dizem que o mundo acabará em chamas,
Outros que acabará em gelo.
Da minha experiência do desejo
Fico ao lado dos que dizem fogo.
Mas se tiver que morrer duas vezes,
Penso que sei o bastante sobre o ódio
Para poder dizer que o gelo
É grande e a ruína
Será suficiente.

7 comentários:

  1. Desconhecia o belo epitáfio de Frost. Tal como Dante influenciou Frost, tb Frost com este poema influenciou grandemente a posteridade: das artes plásticas à fantasy, como subramo da literatura fantástica.

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  2. Eu também não conhecia.
    Gosto do poema que escolheu e do quadro.

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  3. É um dos poemas mais célebres de Frost, LB, e o preferido dos americanos, ao que dizem.

    Fico contente que tenha gostado, MR.

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  4. E eu também gosto de Frost. Deixo aqui:

    MY NOVEMBER GUEST

    My Sorrow, when she's here with me,
    Thinks these dark days of autumn rain
    Are beautiful as days can be;
    She loves the bare, the withered tree;
    She walks the sodden pasture lane.

    Her pleasure will not let me stay.
    She talks and I am fain to list:
    She's glad the birds are gone away,
    She's glad her simple worsted grey
    Is silver now with clinging mist.

    The desolate, deserted trees,
    The faded earth, the heavy sky,
    The beauties she so truly sees,
    She thinks I have no eye for these,
    And vexes me for reason why.

    Not yesterday I learned to know
    The love of bare November days
    Before the coming of the snow,
    But it were vain to tell her so,
    And they are better for her praise.

    E até Fevereiro!

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  5. Então, Miss Tolstoi, os meus votos cordiais de boa viagem! E que volte bem,e com forças rejuvenescidas para aguentar o 2011 português!
    Obrigado pelo poema de Frost! Vou ver o que posso fazer...

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  6. Gostei muito (como sempre, aliás). O quadro é lindo, e «casa» na perfeição.
    [saudades, muitas saudades...]

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  7. Seja muito bem aparecido, c. a.!
    As suas apreciações são-me sempre reconfortantes.

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