Eu diria que há um ler a tempo, um ler na idade certa, mas também um ler fora de tempo (tarde na idade) ou ainda antes de saber apreciar e compreender convenientemente o que se lê.
Achei por isso curioso que Françoise Sagan (1935-2004) tenha situado três das suas leituras mais importantes, da e na juventude, assim:
- Les Nourritures terrestres, de André Gide, aos 13 anos.
- L'Homme révolté, de Albert Camus, com 14 anos.
- Les Illuminations, de Arthur Rimbaud, aos 16 anos.
Leituras precoces, no meu entender. Mas que cada um faça o seu juízo, ou avive a sua experiência pessoal...
Li os três livros à volta dos meus 20 anos. Só voltei a reler e reler Les Illuminations.
ResponderEliminarOs livros que mais me marcaram à volta dos 14/15 anos foram A mãe de Gorki e O drama de João Barois de Roger Martin du Gard. E acho que marcaram muita gente da minha geração.
Há uns anos quando foram escolhidos os 100 livros que tinham marcado mais algumas gerações, estes livros não constavam da lista. Pacheco Pereira fez um artigo sobre o assunto referindo a falta destas duas obras.
Boa semana!
Li Rimbaud já muito tarde, e os dois livros que refere nunca os li, inexplicavelmente. Por volta dos meus 15 anos, ficou-me impressiva lembrança a "Montanha Mágica" de Mann, "Corpos e Almas", de Maxence von der Marsh e "Um gosto e três vinténs" de S. Maugham. Ao contrário, só comecei a gostar muito de ler Graham Greene, depois dos 40 anos. Sei que comecei cedo a ler e gostar de Camus, via Colecção Miniatura. Depois, um pormenor cómico: por volta dos 10 anos, e da biblioteca do meu Tio Jorge, julgando tratar-se de um policial, comecei a ler "O Crime do Padre Amaro", do Eça, que cedo abandonei, por ver que não era.
EliminarRetribuo, afectuosamente, os votos.
Era uma intelectual.
ResponderEliminarCom essa idade eu lia livros juvenis e romances cor-de-rosa. Não há comparação possível😊.
Uma boa semana:))