segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Pés frios

Voltaram as pombas e as gaivotas, em profusão matinal. E o Sol levantou-se vermelho, no horizonte, a leste. Os corvos lisboetas, não os vejo, e os estorninhos, se vierem, hão-de aparecer mais tarde, ao cair da noite. O Tejo é um espelho de cegueira, para quem o olha, na manhã bem fria, mas o rio vai liso e sem barcos, enquanto o Reno era constantemente cruzado por compridos e rasos batelões-contentores, num dinamismo comercial intenso.
Trago a lembrança da neve, caindo em flocos suaves sobre Andernach. Não a via há mais de 48 anos, mas o frio de Lisboa é bem mais difícil de suportar que o de Colónia (diz-me JAD, que é da humidade). Os meus pés gelados, até alta madrugada, apesar do édredon de penas suavíssimo, tiveram saudades das noites alemãs.

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