Nunca fui grande leitor, nem apreciador de António Feliciano de Castilho (1800-1875). Embora como pessoa, eu reconheça que foi um homem estimável e um dedicado pedagogo. Além disso, ele e Camilo foram amigos, o que só abona a seu favor. De Castilho, que cegou aos 6 anos por causa do sarampo, li, além de poemas de diversas antologias, "O Outono" (que possuo na 1ª edição, de 1863) e esta tradução de "As Geórgicas" de Virgílio, impressa em Paris, no ano de 1867, e bilingue. Mas já outros escritores nacionais as tinham traduzido, antes, e vieram a traduzir depois.
O que torna raro este livro, em imagem, é que, por desinteligências com os gravadores, das belíssimas 4 gravuras e do retrato do Poeta, poucos livros ficaram completos, no seu conjunto integral. A maior parte ficou sem as gravuras e sem o retrato, mantendo apenas o texto em latim e português. O meu exemplar está completo, bem encadernado e em bom estado de conservação. Foi adquirido em Lisboa, no final dos anos 80 do século passado, por Esc. 4.500$00, ou seja por cerca de 22,50 euros, na moeda actual.
Já me tinha esquecido esta história das gravuras. Obrigado.
ResponderEliminarNão tem de quê: foi um gosto.
ResponderEliminarBom dia!
Muito curioso, de facto. Comprei há pouco tempo um exemplar na Bizantina que no lugar das gravuras tem desenhos a tinta da China. É uma tradução a' Castilho, mas ainda assim um muito bom livro, quer em conteúdo quer em edição.
ResponderEliminarSerá do mesmo ano (1867)? E quem fez os desenhos?
EliminarBom Natal!
É a primeira edição de 1867; igual ao da imagem mas sem as famosas gravuras. É um exemplar de uma família da aristocracia rural (tem várias rubricas, que já identifiquei), e os desenhos vão assinados por Delfim França, que desconheço.
ResponderEliminarGrato pelo aditamento. Pois o nome do desenhador, para mim, também é desconhecido.
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