Nascido em Bilbau, a 3 de Março de 1829, filho de pais portugueses, Raimundo António de Bulhão Pato veio a falecer no, então, pequeno lugarejo outrabandista, Monte da Caparica, com 83 anos de idade. Caçador apaixonado, poeta, amigo dos seus amigos e gourmet que deixou seu nome a algumas receitas portuguesas, Bulhão Pato era também um homem supersticioso. Conta-se que, no último ano em que Alexandre Herculano festejou os seus anos, Bulhão Pato, que era um dos convidados, apercebeu-se preocupado que eram 13 à mesa. Para desfazer o enguiço, terão ido buscar a filha do caseiro, mas a moçoila, pouco habituada a grandes comezainas, teve um começo de indigestão, abandonou a mesa, e os convivas voltaram a ser 13. Em menos de 6 meses, em Setembro de 1877, Herculano viria a falecer. E, a partir daí, a superstição de Bulhão Pato ainda se tornou maior.
Para além das Memórias, tem um belo livro memorialista: Sob os ciprestes.
ResponderEliminarSe tiver tempo, ainda gemino. :)
Concordo, e força!, para a geminação, MR.
ResponderEliminarDe acordo com as fontes conhecidas Bulhão Pato nasceu em 3 de Março de 1829 e era filho de pai português natural de Setúbal (Francisco António de Bulhão Novais Patto) e mãe portuguesa de família de origem italiana(D. Maria da Piedade Brande), embora de facto tivesse 2 meios irmãos filhos do seu pai e de uma senhora espanhola.
ResponderEliminarVer:
«BULHÃO PATO (Raimundo António de)», Grande enciclopédia portuguesa e brasileira: ilustrada com cerca de 15.000 gravuras e 400 estampas a cores, Vol. 5, Lisboa, Editorial Enciclopédia, pp. 188 [coln. 1] – 189 [colns. 1-2]
Registos Paroquiais, Lisboa, S. Paulo, Casamentos, Liv. 14, fól. 75v, N.º 23 [Casamento de Francisco António de Bulhão Novaes Patto, 1811]
Agradeço as suas rectificações rigorosas que me permitiram corrigir o texto inicial. Grato também pela sua visita.
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