segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Este admirável mundo novo


Três factos observados, hoje, afunilaram-me a esperança para um cepticismo frio e concreto de onde tenho alguma dificuldade em sair, por via racional. Sucintamente:
1. Em diversas ruas outrabandistas, de manhã e com um sol ralo e muito anémico, vi imensos jovens quase todos de óculos escuros. Também eles vêem o futuro mais negro? Ou seriam vedetas dos "Morangos com Açúcar" que não queriam ser reconhecidas? Fiquei na dúvida.
2. Apercebi-me que, nas redondezas, abriram mais 2 ou 3 lojas de compra (e venda?) de ouro e jóias. Rompem como cogumelos, em espaços húmidos, insalubres e exíguos, diariamente. Ainda há 3 ou 4 anos, para obter um alvará autárquico para uma qualquer loja, alimentar ou não, era necessário preencher inúmeros requisitos. E demorava imensos meses, quando não anos, para o obter, sendo que a loja era fiscalizada inúmeras vezes, até que pudesse abrir ao público. Hoje, estes putativos receptadores instalam-se, com que rigor? Quem os fiscaliza?
3. Pela segunda vez, num pequeno período de menos de 5 meses, hoje, fiquei sem telefone. Em Setembro de 2011, foram vários dias. Hoje, cerca de 3 horas. Em mais de cinquenta anos de memória e uso de telefone, em diversas cidades, nunca tal me acontecera. Ah, grande PT!
Como posso eu ter esperança na luz, no rigor, na produtividade, na juventude e competência nacionais?

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