segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Filatelia CXL

 


Para lá das pajelas dos CTT que anunciavam, com alguma antecedência, as novas emissões de selos, havia algumas iniciativas, normalmente desconhecidas dos filatelistas, que os correios portugueses promoviam. Estão neste caso uns pequenos classificadores esteticamente de bom gosto com que eram presenteadas instituições do Estado, mas também autoridades de relevo e do regime, escolhidas pelos CTT.



São alguns desses classificadores que deixo em imagem, todos das ex-colónias, e o interior de um deles, que continha os selos (1969) alusivos à evocação do nascimento do rei D. Manuel I (1469-1521), de cada um dos territórios ultramarinos.

domingo, 29 de novembro de 2020

Lume


A nova geração de fadistas, normal e felizmente, dispensa aquela forma sacrificial e antiga de cantar, os rictos expressivos de um quase  caricato sofrimento, os excessos faciais, em suma. Bato palmas a esta forma natural de actuar. Mas também gostaria de chamar a atenção para alguns autores de letras muito originais e interessantes. Os versos de Manuela de Freitas (1940), por exemplo, fazem toda a diferença. E Camané (1967), afortunadamente, tem vários fados com palavras dela - este é um deles.

Primeiro Domingo de Advento

 Este ano, a nossa coroa de Advento é de madeira. Como é costume, acendemos hoje a primeira vela.


À volta colocamos as primícias da época: bolo-rei, sonhos, broas castelares e marmelada. Bom Domingo !

[Do arquivo do ARPOSE constam os nossos posts dos anos anteriores com as diversas coroas de Advento.]

Post de HMJ

sábado, 28 de novembro de 2020

Ideias fixas 61


Eu creio que é do muito frequentar que se ganha a noção da diferença e do grau de qualidade. Alguma teoria ou guias da especialidade podem ajudar-nos, e muito. Mas há miolos altamente preguiçosos, almas que puxam para o chinelo, natural e fatalmente. Com essa corrente dominante, creio que não há nada a fazer... 

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Juan Ramón Jiménez (1881-1958)



Estampa de Invierno

                                                              Nieve.

Por onde se terão escondido as cores

neste dia negro e branco?

As folhas no escuro; cinzenta a água; o céu 

e a terra, de um branco e negro pálido;

a cidade dorida como uma  

água forte romântica.

Quem passe, escuro;

negro a medo o pássaro

atravessa o jardim - é uma seta...

Até o silêncio é duro, descolorido.

Cai a tarde. O céu

não se enternece. No poente

um vago amarelo incendiado

quase, que não é. Ao longe os campos

lembram ferro em placas.

                                          Entra a noite, como

um funeral; de luto e frio

quase tudo, sem estrelas, branco 

e negro, tal o dia fora negro e branco.


J. R. Jiménez, in Poemas májicos y dolientes (1909).


quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Bibliofilia 183

 


Há pouco menos de um mês (28/10/2020), a Sotheby's levou a cabo um leilão que integrava obras raras e livros com dedicatórias de Ian Fleming (1908-1964), criador do célebre James Bond. O nome do espião britânico foi inspirado no ornitólogo norte-americano homónimo, que era amigo de Fleming e editou, em 1947, a conceituada obra Field Guide to Birds of the West Indies.


Da almoeda faziam parte livros que tinham pertencido a pessoas tão diversas como Winston Churchill, Robert Kennedy ou até ao escritor policial Raymond Chandler. Grande parte destas obras tinham dedicatórias de Ian Fleming. A primeira edição de From Russia with Love (1957), com dedicatória à esposa Ann, e que tinha uma estimativa de 24.000/35.000, foi arrematada por 47.880 libras.


Já o livro com dedicatória a Churchill (Live and Let Die) atingiu o montante de 189.000 libras e a obra que pertencera a Raymond Chandler, uma cópia de Goldfinger ("To Ray with much affection"), ultrapassou também largamente a estimativa da casa leiloeira, que era entre as 40.000 e 60.000 libras inglesas.



quarta-feira, 25 de novembro de 2020

A mão de Deus


Na net, há duas formas de ter voz: ou falar do que todos falam, ou falar daquilo de que ninguém fala. A mão de Deus regressou a penates e, embora eu, por aqui, raramente fale de futebol, não quereria deixar de referir a morte do pequeno grande argentino Diego Maradona (1960-2020), hoje.

terça-feira, 24 de novembro de 2020

Citações CDIL

Não consigo habituar-me a colocar a Idade Média depois da Grécia e de Roma.


 Juan Ramón Jiménez (1881-1958), in Etica y Etica Estetica.

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

domingo, 22 de novembro de 2020

Ideias fixas 60

Não fora o som, as senhoras até têm boa presença visual televisiva. E uma delas apresenta conteúdos com algum interesse cultural. Mas a voz, que usam, faz delas autênticas "gargantas do império", já extinto. Aborrecem, saturam de tão empoladas, obrigam, por enjôo, a zappinar para outras paragens mais saudáveis e naturais. Mas demos nomes a estas pernósticas demiselas da tv pública e nacional: Fátima Campos Ferreira e Paula Moura Pinheiro.

Divagações 165

Terá passado decerto desapercebida, dos nossos afrancesados nacionais, a entrada, em 11 de Novembro passado, no Panteão francês do escritor Maurice Genevoix (1890-1980). Mais do que justificada a homenagem, Le Monde considera-o um digno representante dos poilus franceses, dado que combateu e foi ferido no decurso da I Grande Guerra. Era por outro lado um ambientalista pioneiro com os seus Bestiários (traduzidos pela Cotovia) e não só. Num deles, o retrato que faz de Soutine é para ter em conta. Destaco também o seu Trente Mille Jours (Seuil,1980), uma espécie de autobiografia, que me deu imenso gosto a ler. Releve-se o facto de Genevoix ter demorado 40 anos a ir repousar no Panteão gaulês, o que só abona na ponderação equilibrada dos franceses, ao contrário da pressa sôfrega de outros povos sedentos em descobrir, rapidamente, glórias discutíveis nacionais, em cada esquina...

sábado, 21 de novembro de 2020

Pascal

A quem se interesse um pouco mais além do que pela espuma dos dias, ou por um trabalho arrumado, bem executado e claro sobre filosofia, acompanhando por uma bem escolhida iconografia de bom gosto, recomendo! Saiu recentemente.

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Osmose 118

Se há alguma coisa em que me sinto bem é sentado frente a uma boa série genuína televisiva britânica da BBC, por exemplo. Talvez este bem estar tenha começado em 1971, com Elizabeth R, interpretada primorosamente por Glenda Jackson (1936). Uns anos mais tarde, foi Derek Jacobi (1938) que me conquistou pela sua interpretação de I, Claudius (1976), série baseada na obra de Robert Graves (1895-1985).
Como é que os ingleses conseguem ser tão bons actores? Talvez dos muito séculos a representar William Shakespeare. Porque conseguem evitar sempre as estridências tropicais das telenovelas brasileiras ou o empolado das vozes "gargantas do Império" dos actores das nossas séries pobrezinhas, com representações abaixo de cão, normalmente...
Pois, há dias, apanhei por acaso, na RTP 2, de manhã, a série Last Tango in Halifax, com o magnífico Derek Jacobi, entre outros bons actores britânicos. Talvez venha a ficar freguês...

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

terça-feira, 17 de novembro de 2020

Influências e origens

 

Não sendo eu especialista na matéria, limitar-me-ei a transmitir por palavras minhas algumas ideias interessantes que a arabista inglesa Diana Darke (1956) expandiu na sua obra Stealing from the Saracens. Refere a  autora que "the origins of Gothic are islamic". Em apoio da sua tese estabelece, depois, algumas analogias entre a igreja síria de Qalb Lozeh, de rito bizantino e começada a construir no século V, e a catedral de Notre-Dame iniciada em 1163, cujas duplas torres e rosácea central vieram da experiência arquitectónica e visual dos Cruzados, nas suas andanças por terras do Oriente, em particular daquela igreja, hoje considerada pela Unesco como património cultural da humanidade.



Recuperado de um moleskine (36)


O romancista inglês L. P. Hartley (1895-1972) tem, para o seu conhecido romance The Go-Between (1953), um início soberbo: The past is a foreign country; they do things differently there. Ocorre-me uma variante banal, mas para mim verdadeira, que uso, com frequência, intimamente: o passado está quase sempre muito bem arrumado, o presente é que não. Se as gavetas de infância albergam muitas vezes uma parafernália insólita e já inútil, esse conjunto não deixa de fazer um sentido afectuoso, na memória intocada (?). E, se o presente, muitas vezes, precisa do futuro para se reorganizar, é do passado que vem uma paz resolvida e tranquila. Ruas e casas onde se instalaram os jogos felizes, os amigos fiéis, os livros inesquecíveis, os resumos fáceis e concordes, as palavras certas e amorosas de outrora. Que pareciam, agora à distância, estarem certas, harmoniosamente. Ainda que elas possam ser piedosas mentiras da memória já míope ou cansada, por lutas desgastantes e inúteis.

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Em jeito de charada, para um Aniversariante



Perito na matéria, meu caro João Menéres, aqui vão os parabéns, pelo seu dia natalício, com uma foto "em forma de assim"... E um desafio: que objecto se esconde sob as formas difusas, misteriosas? Como se fora um presente embrulhado.

Votos de um bom dia e um ainda melhor ano, com saúde, cordialmente!

 

domingo, 15 de novembro de 2020

Leituras Antigas XLV

O poste anterior deu origem a uma troca de ideias, nos comentários, a propósito da II Grande Guerra, o Holocausto e leituras temáticas sobre estes assuntos, com comentários entre MR, Mister Vertigo e eu próprio. O facto levou-me a procurar depois na minha biblioteca livros que li, talvez entre os 15 e os 30 anos, sobre estas matérias.


Facilmente encontrei três deles de que reproduzo as capas  em imagens. Dois deles foram-me oferecidos por colegas do Liceu, em aniversários e o terceiro The Rise and Fall of the Third Reich (1962), de William L. Shirer, foi comprado por mim em Paris, no mês de Setembro de 1963, por 11,35 francos franceses.



para MR e Mister Vertigo, especialmente e a propósito de um triálogo anterior.

Citações CDXLVIII

Preparem-se, porque a citação é longa, ao contrário do que é habitual. E tem como autora uma dissonante ou dissidente (ou demitida?) ex-colaboradora das bem pensâncias directoriais do Expresso, que já tinham posto a andar António Guerreiro por não fazer as delícias tranquilas do leitor-médio do excelso e pio semanário do regime. Aí vai, então, na voz livre de Ana Cristina Leonardo (1959) e da sua crónica na ípsilon, do jornal Público (13/11/2020):

"...Por cá, neste «ano introspectivo» - seja lá o que isso for que a expressão não é minha - as editoras continuam a publicar e muito, apesar da suspeita de que, nesse muito, o que não faltarão são os «cagalhões líricos que por aí andam, passeiam e triunfam» de que falava em tempos um editor infelizmente desaparecido, Vitor Silva Tavares. Auschwitz, por exemplo, mantém-se em alta não só como tema, mas também nos títulos.

Ele há fotógrafos de Auschwitz, tatuadores de Auschwitz, mágicos de Auschwitz, gémeas de Auschwitz, farmacêuticos de Auschwitz, bibliotecárias de Auschwitz, violinos de Auchwitz, bebés de Auschwitz..."


Nota pessoal: nunca será demais falar deste oportunismo nojento e chulo de algumas editoras e autores mercenários. Eu próprio já aqui o tinha feito em 14/10/2020 (Ideias Fixas 59). 

sábado, 14 de novembro de 2020

Memorabília (7)



Será talvez muito difícil encontrar uma maior inadequação entre um produto e uma imagem aplicada. Ou até mesmo descortinar uma causa lógica para a escolha figurativa destes rótulos de bebidas portuguesas, da primeira metade do século XX.



Será que o poeta Guerra Junqueiro (1850-1923) era um amante de vinho moscatel? Ou a proximidade entre Favaios e Freixo de Espada à Cinta justificaria e desculpava, para os produtores, o uso da imagem barbuda do vate, e o seu patrocínio?

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Gonçalo Ribeiro Teles (1922-2020)



Uma forma limpa e útil de viver. Uma referência em fazer da política uma justa solidariedade humana. 

Da leitura 40



"... Estou a cismar em demasia, a afastar-me excessivamente daquilo que, de uma forma razoável, deve ser um relato. Tentarei justificar-me: a poesia é e está na minha vida. Em certa ocasião, cheguei a dizer que a poesia é literatura apenas acidentalmente, que se trata de uma emanação da existência. Em todo o caso, entendo que a poesia não é ficção. Deixo isto dito para aqueles que, não tendo entrado, talvez, na realidade que alberga a verdadeira poesia, a identificam, plenariamente, com a literatura e a ficção. A poesia é, em mim, e em muitos outros, naturalmente, uma componente da vida; é-o até em termos biológicos (a minha tensão arterial sobe em tempos de criação). Não há fantasia na inclusão do raizame da poesia nas memórias da minha vida."

Antonio Gamoneda (1931), in Um armário cheio de sombra (pgs. 58/9).

Memória 137

 


Os números, que são a coisa mais concreta, estão aí: onze anos que hoje se completam sobre a criação do Arpose e 11.411 postes registados. Se tivesse de escolher uma palavra, seria decerto desaceleração, que se tem vindo a acentuar com os anos e que tem várias causas... Aos nossos mais fiéis acompanhantes - obrigado!

terça-feira, 10 de novembro de 2020

Mercearias Finas 163


Estes últimos dias de intenso nevoeiro matinal fizeram-me lembrar a simpática mas fria praia da Adraga, onde o Sol só costumava assomar por volta do meio-dia. Entretanto, por casa havia que dar a última volta, este ano, aos vinhos brancos, na garrafeira, e a Adraga veio de novo à colação: era da região, o vinho mais velho (2014) guardado na adega. E, embora fosse estreme da casta Alvarinho (12,5º), nunca fiando quanto à sua longevidade qualitativa...

Nem de propósito, tínhamos trazido do mercado da Trafaria um fresquíssimo Pregado (nobre familiar  do rodovalho e do linguado) com 1kg100, para assar, que veio a acasalar lindamente com o néctar. Acompanharam uns grelos salteados, para HMJ, e uma pequena couve-flor, para mim, para além das regimentais batatas assadas. Deve dizer-se que tudo estava na perfeição - passe a imodéstia...

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

domingo, 8 de novembro de 2020

Caracterização da personagem



Li algures, aqui há algum tempo, que o rei D. Dinis (1261-1325) não era alto e que teria cerca de 1m64 de altura. Não sei por onde o retratista teria chegado a essa tão minudente conclusão... Mas, entretanto, se formos ao Google e quisermos imaginar Hercule Poirot, talvez 90% dos traços físicos dos detectives aparecidos, identificam a figura afectada do canastrão David Suchet como tal personagem de Agatha Christie (1890-1976). Peter Ustinov, Albert Finney ou o recente John Malkovich, que também representaram o detective no cinema ou televisão, estão figurados de forma residual e envergonhada.



Mas não há nada como dar voz à sua criadora oficial, Agatha Christie, que em Crime na Mesopotâmia nos fornece alguns traços gerais de Poirot. Socorro-me do volume 35 da colecção XIS (Editorial Minerva), para citar: ... Poirot era um tipo estranho... Este homenzinho rechonchudo, com pouco mais de um metro e sessenta de altura, parecia muito velho, devido ao seu farfalhudo bigode e à sua cabeça redonda e lisa como um ovo. (pg. 78); mais curiosa, porém, achei eu esta afirmação do detective belga, na página 198: Tive uma longa conversa com o padre Lavigny. Sou católico praticante e conheço uma quantidade razoável de padres e... 



sábado, 7 de novembro de 2020

Últimas aquisições (28)

 


Será esta Patagónia de Bruce Chatwin (1940-1989) mais interessante que a de Luís Sepúlveda? Duvido, e até dizem que há alguma ficção entremeada por Na Patagónia (Quetzal, 2020), o que só corrobora o velho ditado: Quem conta um conto, acrescenta um ponto.



Pouco tempo depois, e para me iniciar na prosa de Antonio Gamoneda (1931), poeta espanhol que muito aprecio, adquiri Um Armário Cheio de Sombra (Almedina, 2020) deste vate nascido em Oviedo. Nem sempre os bons poetas escrevem prosa de qualidade, mas há honrosas excepções: Quevedo, J. Ramón Jiménez, Eugénio de Andrade, por exemplo.

A ver, ou melhor, a ler vamos o que se passa com Gamoneda...

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Citações CDXLVIII



 É uma realidade melancólica que até os grandes homens têm os seus pobres relacionamentos.

Charles Dickens (1812-1870), in Bleak House.

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Um CD por mês (19)



Cerca de 78 anos separam a criação  de Le Quattro Stagioni (1723) de Antonio Vivaldi (1678-1741) do trabalho de maturidade de Joseph Haydn (1732-1809) que ele viria a intitular de Die Jahreszeiten (1801). O primeiro era um concerto para violinos, o segundo viria a ser uma oratória, com libreto de Gottfried van Swieten. A estreia terá sido em Viena, pela Primavera do ano acima referido.

Conheci primeiro, até porque mais banal e de fácil adesão, a obra de Vivaldi. Só quase no final do século XX é que vim a ouvir a oratória de Haydn, através do registo de 2 CD da Hänssler Classic (1992/93) em que o Bach-Collegium Stuttgart é dirigido pelo maestro Helmuth Rilling. O duplo CD custou-me Esc.1.990$00, creio que em Lisboa, e a gravação é muito cuidada e competente

terça-feira, 3 de novembro de 2020

Pinacoteca Pessoal 171


Essencial e inicialmente crítico de arte, Roger Fry (1866-1934) cultivou também, de forma primorosa, a pintura. Descendente de uma família quaker inglesa foi compagnon de route do grupo de Bloomsbury (ver pintura de V. Woolf, no Arpose, 23/6/2014) e bem sucedido retratista (E. M. Forster, Yeats...).



Bem representado na Tate, Roger Fry interessou-se pelos primitivos pintores europeus, vindo depois a dedicar-se à moderna pintura francesa, do ponto de vista de estudioso e crítico de arte. Além de retratista, podem admirar-se algumas suas telas na temática paisagística (Provença, 1911, na Tate, por exemplo).



Nota pessoal: especialmente para Margarida Elias, com parabéns pelo seu aniversário. E que, no seu Memórias e Imagens, nos vem habituando a um persistente bom gosto estético.

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Livrinhos 29

 


Nos tempos áureos da sua nobre actividade, a Livraria Sá da Costa, particularmente na sua colecção de Clássicos, produzia, para além da edição normal, uma outra numerada e restrita de maior tamanho, especial em melhor papel e, por isso, mais cara. E ainda uma outra, em tudo semelhante à impressão original, mas em miniatura, e de pequeníssima tiragem.


Estes dois volumes que tenho, das Obras Completas de Sá de Miranda, possuem encadernação do editor , em pele, e, se não fossem os sinais assassinos dos bibliófagos sobre as capas, estariam perfeitos; mas o miolo está impecável. A impressão é de 1944.

domingo, 1 de novembro de 2020

Interlúdio 77


Um fado singular, de Carlos Leitão, para o final deste Domingo.

Adagiário CCCXVII



Dia de S. Brás (3/11), a cegonha verás e se não a vires o Inverno vem atrás,