Qualquer blogue começa, normalmente, por um entusiasmo inicial. Que se vai atenuando, com o tempo. Por falta de temas, por cansaço, ou por uma quebra gradual desse mesmo entusiasmo ingénuo.
Depois, há os que acabam ou fecham o blogue, com palavras de amargura, outros, nem isso. Apagam-se subitamente, sem razões explícitas, de morte súbita. Talvez porque a vida pessoal do administrador assim o obrigou. Cheguei à conclusão, pela observação prática, que o quarto ou quinto ano de vida são os momentos cruciais de sobrevivência. A persistência abnegada não é uma qualidade lusa...
Dos sobreviventes, há os uni-pessoais e os colectivos. Destes últimos, é notório que apenas uma pequena parte dos colaboradores trabalha. A maioria goza da fama ou prestígio do blogue, deitando-se à sombra da bananeira... Mas nem por isso prescinde, como seria curial e honesto, de manter o seu nome na lista de associados.
Há quem publique mais à Segunda-feira, descansando o resto da semana. Há quem se habitue a sublinhar um dia da semana (O Grifo Planante, por exemplo, com o seu Anedotário, ao Domingo), e quem prefira abrir o mês com uma mesma temática ( o Arpose, com o Adagiário). Blogues especializados, há muitos: sobre Arte, o Memórias e Imagens, ou sobre Cinema, o Manuscritos da Galáxia. Mas grande parte, sendo escassos a publicar (estou a lembrar-me, quanto a qualidade, do Retrovisor), abordam temas diversos, em que a memória de vida, tem um papel primordial.
Finalmente, para acabar, um facto curioso que tenho constatado: a manhã é pródiga em postes. As publicações são maioritariamente matinais. À noite, é quase sempre um deserto de novidades - nos blogues.
Cá no Pessimista escreve-se quando calha. Mas segue-se aquele princípio do mundo ser dos que se levantam cedo. À noite é mais é ler, de preferência em companhia espirituosa.
ResponderEliminarTambém já fui menos madrugador... Mas há quase sempre um estímulo diário, para lançar um poste novo. Quanto a leituras, sou mais errático: menos de manhã, tirando o jornal; mais intensas, de tarde e à noite.
EliminarPela parte que me toca, é verdade. Bom dia! :-)
ResponderEliminarÉ sempre muito reconfortante e consolador, Margarida, que concordem connosco. Sobretudo por saber que essa concordância não é por delicadeza ou estima.
EliminarCordialmente, uma boa tarde.
Gosto bastante de ler estas suas reflexões acerca da blogosfera,sempre bem interessantes. Embora o meu blogue tenha poucos anos, comecei nos blogues em 2000, primeiro num colectivo e depois pessoa amiga, que nunca cheguei a conhecer pessoalmente, fez-me um blogue. Ao longos dos anos utilizei duas plataformas, a do blogger e a do sapo, por sinal bem diferentes. E as razões que me levaram a terminar foram os comentários poucos educados(não tinha moderação) e o desejo de celebridade de alguns comentadores, atacados pela doença das redes sociais. Hoje ao transformar os "Manuscritos" em blogue temático e criado, alguns blogues seus filiados, pretendo apenas facilitar as "postagens" e as leituras.
ResponderEliminarDesejo-lhe uma boa semana e confesso que o blogue "Arpose" é um verdadeiro oásis na blogosfera.
Muito bom dia!
Inicialmente, fui "artista" convidado no Prosimetron, e preparei cerca de 21 (?) "Escolha Pessoal" (sobre Poesia e Poetas), com enorme cuidado e preocupação, sobretudo por estar em "casa alheia". Mas esse constrangimento nunca me agradou..:-)
EliminarEm Novembro de 2009, familiares muito próximos, abriram-me o Arpose. E assim fui andando.
Felizmente, nunca tive comentários malcriados, senão de uma senhora louca que me tomou por outra pessoa. Mas estou preparado, se os houver: rechaço-os, de certeza, com enorme violência delicada.
Fico agradecido pelas suas palavras amigas. São um lenitivo e, sobretudo, um estímulo para continuar.
Uma muito boa tarde, com estima.