Da memória comum, que se complementava por igual, uma parte apagou-se. Resta apenas um dos lados, fragmentário, insuficientemente fundamentado, já sem contraditório para apurar a verdade dos factos, sem mais perspectiva ou testemunho. Como se fosse apenas uma ficção longínqua, pouco credível.
A Póvoa já não faz eco, o mar silencioso, nem o puzzle faz sentido. Como se vão esbatendo o comboio de madeira e o rio Ave de Sto. Estevão, o poker e os primeiros shots da juventude, as injecções infantis dadas numa almofada de folhelho, as anilinas das análises inocentes, as corridas de caracóis no tanque grande do quintal da rua Francisco Agra...
E o imenso areal de Agosto vai ficando mais deserto e menos nítido.
Pelo que compreendi, perdeu um amigo querido. Lamento muito.
ResponderEliminarA fotografia é uma ternura e o texto emotivo.
Forte abraço.
É verdade, Sandra, e inesperadamente...
ResponderEliminarMuito obrigado.
(E uma ternura igualmente o seu texto, que me impede de lhe dar apenas os pêsames e me força a dar-lhe também os parabéns, por muito que insignificantes nesta altura)
ResponderEliminarObrigado.
ResponderEliminarQue lindo texto!
ResponderEliminarQuando nos falta alguém, nada, nunca mais, volta a ser a mesma coisa.
Lamento a sua perda.
Boa noite!
Grato, Isabel.
ResponderEliminarBom dia!
Resta dizer que não se morre enquanto houver uma, basta uma, pessoa que se lembra de nós.
ResponderEliminarQue a memória se mantenha entre os amigos.
É sempre uma breve eternidade, porém.
ResponderEliminar