quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Apontamento 38: Silêncio




A apresentação de um "Manifesto contra a Crise - Compromisso com a Ciência, a Cultura e as Artes" foi anunciada hoje, no jornal "Expresso". O lugar, muito apropriado, terá sido a Fundação em epígrafe. 
Curiosamente, quando se entra na página electrónica da FCG, o silêncio é total.
No entanto, em grandes parangonas se anuncia uma homenagem ao actual poeta do regime, i.e., VGM. 
Só espero que o vírus da uniformização do livre pensamento não tenha afectado uma Fundação de Cultura, Arte e Ciência.

Post de HMJ

5 comentários:

  1. (Olhe que, segundo consta, o homem está gravemente doente)

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    1. Caro Anónimo:
      uma doença poderá explicar muito, mas nada justifica.

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  2. Bem, a minha é só uma opinião distante (do regime, da corte, de tudo). Mas se por regime se entender o actual estado de coisas - i.e. o actual, chamemos-lhe assim, «governo» - não se vê como possa ele, tão crítico em quase tudo, da ortografia aos cortes nas reformas, ser considerado o "actual poeta do regime". Só se estava a tomar «regime» naquela acepção mais ampla que sobrevive a governos e a quase tudo. Nesse caso, sim, sê-lo-á, embora não especificamente "actual". Não entendo é que uma homenagem nesta altura, com ele no estado em que está, incomode. Noutras alturas, talvez; agora, não.

    (Politicamente, estou a léguas de VGM. Mas reconheço-lhe uma estatura e dimensão cultural invulgares no nosso panorama, suficientes para justificarem homenagens, mais ou menos oficiais, seja em que contexto for. Não estamos, bem entendido, a falar de um destes meninos que por aí pululam e nunca fizeram nada na vida; nem fazem; nem farão)

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    1. Caro Anónimo:
      Obviamente, há liberdade de expressão e opinião. Contudo, o texto é meu e não costumo utilizar palavras ou expressões de forma leviana. Antes pelo contrário, tenho bem a noção, e talvez em demasia, da "ética e a estética" que deve orientar a criação em qualquer ramo das Humanidades.

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  3. Certo. E decerto o conhecerá então melhor do que eu, que não o conheço de todo, nem sei dele qual seja o grau de ética - embora até supusesse que teria alguma, pela imagem, porventura enganadora, que deixa em público. O meu ponto era só este: quando uma pessoa está a morrer (se é verdade o que dizem), não a devemos atacar. E foi por pensar que pudesse não ter essa informação que a deixei aqui, só isso. Se me enganei, lamento. Como lamentaria ter cometido alguma inconfidência, mas cri e creio que não, porque já a ouvi a 3 ou 4 bocas diferentes.

    Boa noite

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