quinta-feira, 3 de maio de 2012

Crise, política, insultos e gastronomia


Nesta longa noite convulsa que atravessa, há anos, a UE, faço votos para que, no próximo domingo, François Hollande consiga levar a melhor nas eleições francesas, e inaugure uma nova era de fraternidade e democracia. Já nos chamaram de tudo: preguiçosos, gastadores, pelintras... Meteram-nos no saco dos P. I. G. S. (Portugal, Irlanda, Grécia e Spain), ofensivamente. E, recentemente, o labrosca xenófobo do Geert Wilders, ultramontano holandês, apelida Portugal, a Espanha, a Grécia e a Itália, bem como a Polónia, de "países do alho". Para quem não saiba, a gastronomia holandesa é de uma pobreza franciscana, talvez ainda pior que a inglesa. Sensaborona, monótona, farinhenta e sem imaginação. O homenzinho, reaccionário, nem sabe do que fala e nunca deve ter provado a comida mediterrânica, toda ela feita de sabores variados e milenares. E, decerto, nunca terá provado as maravilhosas salsichas Krakauer, polacas, que são uma delícia. E sabem a alho, acertadamente. E basta trincar, depois, uma baga de café, dissolvê-lo na boca, para que o intenso sabor se vá desvanecendo.

3 comentários:

  1. «Países do alho»! :-)))))
    Cada vez que me lembro do que os holandeses comem ao almoço: umas fatias de pão barradas de manteiga e com umas pepitas coloridas de açúcar, chocolate, etc., colocadas em cima. Um perfeito horror.

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  2. Mas a Holanda está péssima. Há dias ouvi o Hollande referi-se à Holanda como um dos próximos países em estado muito crítico. Ele já juntava a Holanda ao nosso grupo.

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  3. A sorte é estar encostada à "gigantona" que lhe deve pôr a asa por cima..:-)

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