O livro, que ora se apresenta, deve a sua edição à insistência do Dr. Joaquim dos Santos Simões (1923-2004), fervoroso brandoniano. Professor de Matemática, fundador do Teatro de Ensaio Raul Brandão, animador cultural de Guimarães, Santos Simões foi também presidente da Sociedade Martins Sarmento. Dava-se com a viúva de Raul Brandão, Maria Angelina Brandão (1879-1964?), que o apoiou, pelo menos moralmente, na levada à cena de muitas das peças de teatro do Marido, falecido em 1930. O livro "Um Coração e uma Vontade", saíu em Coimbra, em 1959. Eu devo tê-lo comprado em 1960.
Resulta da boa memória de Angelina Brandão e da persistência de Santos Simões para que ela o escrevesse. O livro não é raro e é um livro de recordações. Mas tem, para mim, um grande valor estimativo. A minha Mãe conhecia a viúva de Raul Brandão e pediu-lhe um autógrafo, em 1962, por mim, que não tivera coragem de o fazer. A Senhora, gentilíssima, acedeu, sorrindo. Tinha uma nobre figura e grande simpatia.
Por isso este livro, para mim, não tem preço.
Devido aos meus estudos sobre Columbano, cruzei-me bastante com Raul Brandão e Angelina. Tenho por eles um carinho especial. São daquelas pessoas que eu gostava de ter conhecido.
ResponderEliminarO livro deve ser difícil de arranjar, mas vou procurar na BN.
Ela faz alguma referência a Columbano?
O livro é muito intimista, transcreve cartas de amor entre os dois, viagens dos dois, encontros entre amigos... mas refere algumas pequenas coisas sobre Columbano (pgs. 139/143), esposa,Emília, e a irmã MªAugusta,que fazia rendas de bilros.Há também a transcrição de uma carta de Columbano, de Lisboa, datada de 22/10/1896. Bom proveito!,Margarida.
ResponderEliminarGostei de ler este post!
ResponderEliminarAinda bem, Isabel.
ResponderEliminarEu tive o privilégio de, durante alguns anos ter sido "cestinha de mão" para a D. Maria Angelina. Ajudei-a em algumas lides domésticas livreiras, sempre que podia. Era quase seu vizinho: a Casa da Beira era muito próximo da Casa do Alto. Maria Angelina tinha uma sensibilidade acima do comum de qualquer mortal. E partilhava a mesma sensibilidade com todos os que com ela conviviam. Guardarei sempre uma terna recordação daqueles momentos. Cheguei a ajudá-la a organizar o manuscrito deste livro que depois editou com este nome, por sugestão do dr. Santos Simões que, por sinal, foi meu professor na Escola Francisco de Holanda, em Guimarães. Velhos tempos, nobres pessoas. E tudo isto por uma só razão: Raul Brandão. Frassino Machado
ResponderEliminarMuito lhe agradeço o seu testemunho. Que, aliás, confirma a fina sensibilidade de Angelina Brandão, Senhora que tive o gosto de conhecer, embora com brevidade, na minha adolescência vimaranense.
ResponderEliminarSaudações cordiais!
Alberto Soares
Afinal, já por aqui tinha estado...
ResponderEliminarVou pedir à minha amiga Cláudia, da Lumière, que mo guarde, se por lá aparecer (se não for demasiado caro!).
Não creio que vá ser fácil, mas desejo-lhe a melhor das sortes..:-)
EliminarMuito interessantes comentários e testemunhos sobre a gentiliza de Angelina Brandão. Casal de eleição, sem dúvida, autor de Génio, também. Fica a pergunta. Que participação terá tido Maria Angelina na redação de Portugal Pequenino? Grande em emoção terá sido, por certo. E na escrita?
ResponderEliminarCreio que, com rigor, já ninguém conseguirá responder.
EliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarNão sei qual será o motivo e o assunto, mas creio que poderemos dialogar por aqui.
EliminarCom certeza. Já há muito tempo que tento obter este livro. Até hoje, sem sucesso. Dito isto, a natureza da minha mensagem reside num pedido: seria possível, por cortesia, digitalizá-lo, para o poder ler?
ResponderEliminarLamento não o poder fazer. Mas poderá sempre recorrer aos serviços da B(iblioteca) N(acional de ) P(ortugal). Ou então procurar um exemplar nos alfarrabistas da net.
EliminarMuito agradeço pela atenção dispensada.
EliminarBem haja!