quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Marcadores 30

 

Em geminação com MR, aqui ficam os três marcadores que acompanhavam o Gutenberg Jahrbuch de 2023. Lembrando assim uma das temáticas ("Marcadores de Livros")  mais extensa do seu Prosimetron.

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Este céu...



...que parece pegadas na neve ao avesso e ao contrário (captado ontem por HMJ, na zona outrabandista).

segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Aviso aos Jornalistas incultos e/ou politicamente enviezados

 


Certamente por benevolência minha, sublinho mais a incultura dos jornalistas, sem excluir, obviamente, o seu lado, com rabo de fora, da sua submissão a uma agenda política.

Aconselho, contudo, para a maioria dos que nunca viram tal livro acima reproduzido, feito, com primor, por um exímio Professor Universitário, Professor Doutor Luís Filipe Lindley Cintra, que prestou um serviço cívico sem precedentes com a publicação do livro acima.

Com efeito, para não degradar mais o debate político, convém avisar os jornalistas incautos que TODO o cidadão tem direito ao seu bom nome, que se constitui pelos nomes e o seu apelido, herança da família a que pertence. Convém manter as regras mínimas de boa educação e referir, COMO É DE REGRA DO PORTUGUÊS EM VIGOR: Nome + apelido.

Com efeito, referir apenas Pedro Nuno é ofensa incoberta, pois, como qualquer cidadão tem direito a ser referido com o seu apelido, i.e.: Pedro Nuno Santos, caso não queiram referir a sua formação académica.

Pena é que determinados jornalistas ignoram, ou não tenham tido, o que se chama uma boa instrução precoce, ou de casa ou de escola. É também, para os leitores, critério para os classificar no seu empenho ou falta de brio profissional.

Nunca é tarde para aprender o essencial da vivência civilizada humana !

Post de HMJ

domingo, 28 de janeiro de 2024

A divina proporção...



O ex-PGR Cunha Rodrigues (1940) insurgiu-se, e com razão, de algum modo pedindo explicações, pelo desgoverno de uma decisão da instituição que fez seguir para a Madeira, em avião próprio, cerca de duas centenas de agentes da PJ, por causa do caso Albuquerque. Para acabarem por trazer da ilha 3 indiciados do processo...

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Ainda é cedo, eu sei, mas vai havendo sinais de Primavera. As frésias já começaram a florir e uma toutinegra-de-cabeça-preta sobrevoou a varanda a Sul, tendo depois saltitado de vaso para vaso.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

Curiosidades 103



Eu creio que muita gente terá, em determinada altura da juventude, sonhado ser dono de uma ilha. 
Léo Ferré (1916-1993), também. E conseguiu concretizar o sonho em 1960, tendo adquirido a ilhota Du Guesclin, na Bretanha (França). Que veio a habitar e onde, pelo menos, escreveu e compôs a canção La Mémoire et la Mer. Após a morte do cantautor monegasco, por desavenças nas partilhas, a ilhota acabou por ser vendida. Mas os novos proprietários não só restauraram o edificado, como perpetuaram a memória de Ferré, nesse espaço geográfico.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Dos brandos costumes

 

A notícia, que fez primeira página do CM e JN, conta-se em poucas palavras.
Um bisonho ex-juiz do MP, e agora do TR, algo um tanto rude e com pouco gosto para se vestir, foi almoçar, na Guarda, com alguns notáveis do PSD (Passos, Rio, Rangel...), que são também apoiantes da nova AD.
Convém apenas lembrar mais duas coisas: dentro de dias vai, finalmente, iniciar-se o julgamento de José Sócrates; e, como diz o povo, "não há almoços grátis"...
Acrescente-se, a benefício de inventário, que a refeição era para celebrar um aniversário.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Arcaísmos (VIII)

 
Aqui vai mais um selecção de antigas palavras, em desuso, iniciadas pelas letras F e G. Seguem, com o seu respectivo significado:

1. Faldras - terras chãs; pequenas povoações.
2. Farauto - intérprete.
3. Fazonal - lenço.
4. Fraineza - pobreza; penúria.
5. Guardacós - casaca; véstia.
6. Govenco - bezerro; novilho.
7. Grijó - pequena igreja; ermida.
8. Gruador - adivinho; feiticeiro.
9. Gurguz - dardo; virotão; projéctil.

domingo, 21 de janeiro de 2024

Apontamento 158: E que VIVA A DEMOCRACIA !


["Os meus avós têm 94 e 86 anos, estou cá também por eles... Ainda bem !

[remete-se para imagens em:https://www.ksta.de/?lightbox=true&id=723104]

Com um sentimento de enorme satisfação tenho acompanhado as manifestações dos democratas da Alemanha contra o avanço dos novos nazis, disfarçados de uma força política de direita, com pretensos princípios de defesa da “pátria, do bem comum e das pessoas.” Os incautos eleitores logo virão para onde a sua base do CAPITAL, escondido no porão, encaminhará o engano dos pretensos eleitores!

Congratulo-me, sobretudo, pela manifestação da população – resistente – na antiga RDA, onde os fascistas da AFD (designação escolhida por mim sem qualquer efeumismo) têm tido mais apoio. As razões irão ficar para uma abordagem posterior, mas apraz-me registar, no dia de hoje, a postura cívica dos manifestantes em cidades tidas como bastiões da AFD. Manifesto, vivamente, o meu apoio incondicional, receando represálias ! A presença em massa dos meus cidadãos de Colónia enche-me, como seria de esperar, de orgulho.

Espero, igualmente, que uma determinada imprensa enviesada, como por cá, comece a ter uma postura mais consentânea com a defesa dos princípios democráticos e do respeito pela Constituição do(s) País(es), informando com a devida isenção jornalística, em vez de “malhar”, constantemente, nos legítimos representantes eleitos dos países, Alemanha e Portugal.

Aconselho a determinados jornalistas uma mudança, de fundo, elevando o seu pensamento em vez de vasculharem o lodo de AFD e apaniguados a propagandearem-se, como acontece por cá, em defensores do POVO!

A defesa da DEMOCRACIA exige, como se vê nos cartazes, da defesa, do empenho, da vigilância e do pensamento CRÍTICO de TODOS.

Post de HMJ


 

Mercearias Finas 196





Há pratos de peixe a que nunca mais regressei. Peixe-espada, por exemplo - por saturação conimbricense...
Mas, inesperadamente e contrariando, reconciliei-me, hoje, com o robalo, de que eu abdicara, há muito, bem como da dourada ou da perca, por causa da aquicultura, pelo sabor a terra ou a areia e das condições pouco higiénicas em que, ao que parece, eram produzidas. Para não falar do salmão, moda infernal dos nossos dias (será por causa do ómega 3, e dos hipocondríacos?).
Pois veio à mesa um Robalo-baila (pesca de anzol) escalado e grelhado, fresco e muito bom que ele estava. Antes, com três gotas de limão, as pequenas ovas fizeram uma deliciosa entrada. Uma couve-flor fez-lhes companhia. E, como bebida, branco de 2022, uma colheita seleccionada e lotada, hábil e sabiamente por Jaime Quendera, da Adega de Pegões, que nunca deixa os créditos por mãos alheias, nos seus 13º muito equilibrados.
Um óptimo almoço de Domingo. 




sábado, 20 de janeiro de 2024

Citações CDLXXXII

 

Nós éramos normais, o resto do mundo estava maluco.

George Harrison (1942-2001), em 1995, Anthology.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Breve



A história conta-se em três penadas.
Falecido o poeta, foi depois o andar desocupado para se arrendar de novo, e num terraço, lá para as bandas de Benfica, foi deposto um caixote com livros de poesia de Armando da Silva Carvalho (1938-2017), o já ausente locatário. E alguém recolheu alguns exemplares, oferecendo-me um deles, amavelmente.
Só depois se nos deparou um mistério: o de estar assinado embora para (?) um anónimo, desde 1970, e destinado à Feira do Livro. Provavelmente, ASC fez o trabalho antecipado, e não vendou os livros todos, apesar do exemplar, que era de 25$00, estar remarcado a lápis para Esc. 20$00 (com 20% de desconto  da Feira).
Agruras de um poeta...


Adagiário CCCLXI

 

Santa Luzia tem touca? Chuva, muita ou pouca.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Desabafo (85)

 
Lembro-me bem de quando, na região outrabandista, não havia gaivotas senão ao fim do dia, lá no alto, pequenos grupos se deslocavam de leste para oeste, em direcção ao mar. As pombas também não eram excessivas, por essa altura. Estas espécies entretanto tiveram um crescimento enorme e, hoje, no seu crocitar rouco e antipático, acompanhado de vôos agressivos, vi cerca de 40 gaivotas sobre os contentores de lixo, em busca de detritos alimentares.
Recordo-me também de como, aqui há anos, se fez uma campanha racional e saudável, nas Berlengas, para limitar o número dessas aves, e para que não desequilibrassem o sistema ambiental nessas ilhas.
Entretanto, o PAN surgiu dos bosques...

terça-feira, 16 de janeiro de 2024

O seu a seu tempo



O tempo acaba por ser uma forma saudável de nos levar ao equilíbrio e à realidade objectiva das coisas, a que a ignorância, o calor do momento ou o excesso juvenil nos pode levar.
Lembro-me bem, ainda, do barulho e da polémica que a estátua do Padre António Vieira (1608-1697), esteticamente de mau gosto e desactualizada em termos de arte, erecta no Largo Trindade Coelho, provocou nos juvenis candidatos à primeira página. Hoje, creio que já pouca gente se lembra disso e os pueris protestantes adormeceram bovinamente sobre o caso, já calmos e serenos...
Ando a ler, com imenso proveito Os Jesuítas no Grão-Pará, de J. Lúcio de Azevedo (1855-1933). Leitura que faria bem à cultura de muita gente e ao conhecimento real da personalidade corajosa do P. António Vieira.

Em louvor do agrião

 

Pobrezinho, embora no agrado de muitos, nos dicionários é definido, de forma quase abstracta ou científica (?), como uma crucífera herbácea, o agrião era presença frequente na minha mesa infanto-juvenil vimaranense. Trazia-o de fora, talvez das margens do rio Selho, uma mulher descalça que o vendia, barato. Retomei-lhe agora o gosto, recentemente, com um sabor ligeiramente picante e estranho em vegetais de origem europeia. Para que conste, acompanhou, bem e à maneira em salada, umas iscas de cabrito fritas, à moda renana, com cebola e maçã reineta. E um Cabernet Sauvignon, monocasta, da Casa Santos Lima fez-lhes boa companhia.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

As torpezas e complicações do Google

 


É sabido, da minha parte, que, de cada vez que o Google se actualiza e altera programas, isso só serve para complicar as tarefas a que já estávamos habituados a usar no Blogue. Dizem que é para maior privacidade e segurança, mas nós sabemos bem o valor que os inefáveis marcanos atribuem a isso...
Destas últimas alterações, o Google, em sua plena burrice infantil, consegiu pôr fora HMJ de poder comentar no Arpose com a sua própria sigla, e obrigou-me a refazer o Gmail pessoal, além de ter que, para recomentar num meu poste, reescrever a minha sigla (APS), de cada vez, que o faça.
E isto para quê? Só para dificultar, na prática. Imagino que estes yuppies retardados mentais do Google devem ter imensos calos na cabeça, para conseguirem produzir tantas e semelhantes burrices.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Quebras de qualidade

 

De há muito que me deixei de revistas e de publicações temáticas periódicas. Umas por perda de qualidade intrínseca (JL, L'Obs), outras por desinteresse (Revista de Vinhos) gradual, outras ainda por continuada interrupção de importação (caso do TLS) para Portugal. De longe a longe, de algumas, ainda volto a comprar um exemplar, para matar saudades e tomar o pulso à qualidade actual. Na minha perspectiva, no entanto, quer o JL, quer L'Obs, por exemplo, mantêm um declínio evidente e notório, seja de artigos, seja de colaboradores...
Mas, às vezes, no dealbar do ano, dá-nos para a generosidade e espavento. Foi um fartar vilanagem! Acabei, hoje, por comprar, incontinente, a Revista de Vinhos, por falar da família Margaça ( que produz bons vinhos no Alentejo) de Pias e a Lire, francesa, que abordava Alexandre Dumas (pai), meu inesquecível escritor de juventude com os seus Mosqueteiros. Só espero que esta minha generosidade acrítica (?) não me saia cara, em relação ao proveito que vou fruir na leitura...

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Uma fotografia, de vez em quando... (179)

 

O fotógrafo norte-americano Charles Moore (1931-2010) foi um homem de causas e, embora tivesse trabalhado para diversas publicações, nomeadamente para a revista Life, documentou também intensivamente a luta pelos direitos civis que se iniciou por volta de 1952, nos Estados Unidos.



O acaso permitiu-lhe captar a prisão em Alabama, a 3/8/1958, de Martin Luther King, acusado, grotescamente, de vadiagem. Talvez a sua fotografia mais célebre e difundida, na época.



segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Contra a Corrente: Abater o ABACATE !

 


Seja permitida uma opinião pessoal: o abacate, "coqueluche" recente de gentinha, embora de cheiro bastante duvidoso próximo da água do bacalhau demolhado, nunca entrou na minha área de preferência. Até, porque não gosto, de todo, modas que não têm sustentabilidade.

Não costumo comprar, por uma questão de saúde mental, bananas da América do Sul - pretensamente biológica - havendo, à porta, bananas da Madeira e dos Açores.

Com efeito, ficava bem ao Governo em Exercício limitar a produção de abacates, destinados a meia dúzia de clientes, salvaguardando, isso sim, os pomares de citrinos do Algarve. 

Oxalá que o Governo em Gestão tome a última medida a salvaguardar a produção nacional contra as espécies invasoras, sem igual, nem futuro !

Prefiro laranja a esta mal-cheirosa papa.

Poste de HMJ 

Um português sobre os portugueses

 

Ora atente-se neste retrato muito curioso que Rocha Martins (1879-1952) traça sobre nós:

" O português desinteressa-se colectivamente; não vibra numa acção conjunta. Entusiasma-se facilmente -, é um rastilho - mas com a mesma rapidez se aborrece. É uma faúlha. Impulsivo, ardente, cosome-se como um fogaréu de palha. Para ele só existe o facto realizado. Falho de espírito crítico e ávido de sensações, ignorante e pouco previdente, com um fundo ancestral de mandria e uma confiança estúpida nos que, por força, o hão-de explorar, indignado ao ver-se no ludíbrio, é então feroz, pachola ante o fascinador, o intrujão, é pascácio e tolo, como seu filho a quem vendem cordões de latão. Ele acabou por duvidar à saloia e fatalmente por se deixar vigarizar embora se julgue com lume no olho.  Isto, porém, acontece-lhe, por via de regra, diariamente sem que se emende mas é certo também, que não faz cousa alguma para isso. Em políticos já não acredita e hoje tem apenas um ideal à vista e outro escondido: o que mostra é a ânsia de comer barato; o que oculta é o sonho de se alimentar de graça."

Rocha Martins, in "Resposta de Roberto" (17-III-1923), pg. 12.

domingo, 7 de janeiro de 2024

Apontamento 157: Apelo ao Civismo

 


Recebemos, no Sábado de 6.1.2024 o seguinte aviso, que considero um apelo ao civismo;

“Tem sintomas de gripe ? Antes de vir à Urgência do Hospital (…), ligue para a teleconsulta DRA (das 10 h às 21 h (218847177)."

Ora, entendendo o civismo como pilar essencial da democracia, considero que o tributo fundamental do cidadão é, para além de reclamar os seus direitos, cumprir com a sua contrapartida, i.e., o essencial da condição de cidadão, a saber, assumir, de forma inequívoca, a sua “dedicação e fidelidade ao interesse público”.

Perante o aviso acima reproduzido, não tenho dúvida em sublinhar a excelência do trabalho do SNS, com a atenção de avisar, individualmente, cada utente. Cuidados como este, não serão, certamente, pelo meu conhecimento alargado, prática de muitos serviços de saúde do centro da Europa, designadamente da Alemanha, França, Inglaterra, etc.

Resta acrescentar que, na Alemanha, nenhum cidadão do Serviço de Saúde Geral (AOK) pode deslocar-se ao Serviço de Urgência de um Hospital próximo, público, público-privado, privado-confessional, seja de que natureza for. Não será atendido sem o reencaminhamento de um médico ou através de um serviço semelhante ao SNS 24 24 24 ou 112. O que, aliás, faz todo o sentido.

Então, a criatura com febre vai para o Hospital. Fazer o quê ? Infestar o ar do espaço do hospital, certamente !

Post de HMJ

sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

O chapéu de Alberto Manguel

 

Falava eu, no poste anterior, da dificuldade de comunicação, a que poderia acrescentar e falar, hoje, da diminuição na transmissão de saberes, competências e regras, de uma para a geração seguinte. Assim se vão perdendo regras de conduta, experiências. Perderam-se quase por completo as normas de tratamento, os pais deixaram de intervir na educação e birras dos filhos pequenos, etc...
E até um homem de três mundos, Alberto Manguel (1948), que era suposto conhecer as regras mínimas de boa educação, nem sequer tira o chapéu, quando em presença de outro(a) ser humano, no interior de edifícios, em salas onde perora ou dá entrevistas...
(Será que tem muito frio, ou está careca de todo?! Mesmo assim...)

quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

Ontem como hoje


A incomunicabilidade alarga-se a praticamente quase todos os grandes serviços públicos e privados nacionais, onde, muito provavelmente, refastelados nos seus sofás, os CEO's não querem ser incomodados com perguntas ou reclamações. A crónica de Clara Ferreira Alves vem na revista do Expresso de 15/12/2023.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

arte menor (40)



Depois

Não sei se alguma vez em Londres
me chegaram versos. Os Kew Gardens
poderiam ser motivo ou cenário suficiente, 
os imensos relvados de Greenwich a perder
de vista talvez me trouxessem as palavras
esquecidas, de longe. Mas recolho, já noite,
de Inverness Terrace, por Outubro a memória,
dos meus passos húmidos, pensados, talvez
de um sentimento vago, estranho caminhante
que me encontra agora, por aqui, outra vez,
sem lhe saber o nome, origem ou razão 
de ser. Mas que me acompanha bem
tê-lo por perto e amigo concordante.


Sb., 12/7/22 - 6 e 30/8/23 - 26/11/23.

Uma máxima pragmática



Respeite-se o campo e ame-se a paisagem. É esta a atitude mais nutritiva.

Karl Kraus (1874-1936), in Aphorismen.


terça-feira, 2 de janeiro de 2024

Cupidez desregulada

 

A notícia surpreendeu-me, pela enormidade dos números, surrealistas, e pela desvergonha. Mas também pela ausência de qualquer regulador institucional que ponha bom senso nos escândalos, e que não deixam de ser um resultado quase directo da lei das rendas, promulgada em 2012, durante o mandato ministerial da senhorita Assunção Cristas (1974), angolana de nascimento. Mas também originado pela cupidez gananciosa de muitos senhorios lisboetas.
Aqui vão dois dos factos mais recentes: o bem conhecido e icónico restaurante Bota Alta (onde amesendava, muitas vezes, António Variações), no Bairro Alto, fechou quando lhe anunciaram o aumento de renda de 1.300 para 11.000 euros! Entretanto, a Academia de Amadores de Música, mais do que centenária, corre o mesmo risco, pois o senhorio resolveu passar-lhe a renda, harmoniosa, de 500 para 3.700 euros!
Será que ninguém põe termo a isto?!

Últimas aquisições (50)

 

Foram os dois últimos livros comprados em 2023, escolhidos por mim, mas que me foram oferecidos depois (obrigado, HMJ!). De dois escritores consagrados e reconhecidos - Karl Kraus (1874-1936) e Albert Camus (1913-1960). Que eu já não tenho grande curiosidade nem muito tempo para ler escritores  desconhecidos, ainda que muito publicitados pelas costureiras influencers dos blogues pagos e municiados pelas editoras manhosas.


Para que conste e fique registado, o último livro que acabei de ler, em 2023, foi um policial (Vampiro, nº 619). De Nicolas Freeling (1927-2003), escritor inglês, de escrita quase sempre bastante desarrumada e frágil trama policial, mas cujas obras são de leitura rica em sugestões culturais e quase sempre animada e agradável. Ligeira, embora.









Adagiário CCCLX

 

Janeiro geoso, Fevereiro nevoso, Março molinhoso, Abril chuvoso e Maio ventoso, fazem o ano formoso.