Primeiro levaram os negros,
mas não me preocupei com isso:
porque eu não era negro.
De seguida, levaram alguns operários,
mas não me preocupei com isso:
eu nem era operário.
Depois prenderam os malandros,
mas eu não me preocupei com isso:
porque eu não sou malandro.
Depois levaram alguns desempregados,
mas como eu tenho emprego
não fiquei preocupado.
Agora vieram para me levar,
mas já é muito tarde.
Como não me preocupei com ninguém,
ninguém se importa comigo.
Nota: versão muito livre do poema de Bertolt Brecht.
Na linha da velha máxima de «só acontece aos outros».
ResponderEliminarBom dia!
Sem dúvida, MR. E uma máxima sábia sobre o comportamento humano, no egoismo e cegueira mental.
EliminarBom dia!
Bingo! Escolha mais adequada não podia ter feito, APS!
ResponderEliminarO velho BB sempre atual e oportuno!
Tenho este poema num livrinho da colecção forma, que comprei em Maio de 73. ;)
Desejo-lhe um ótimo dia!
Muito obrigado, Maria!
EliminarTodo este arrastar de situação, que só comprova a mediocridade dos burocratas e dirigentes europeus, para além da falta de uma estratégia para a Europa, me tem ensombrado os últimos dias. E não tenho a menor dúvida que, se a Grécia sair, Portugal será o seguinte país, por ser o elo mais frágil.
Um bom fim-de-semana!
Afinal estava enganada, não encontro o poema nesse livrinho. E nem num outro intitulado "Poemas e Canções" - selecção e versão portuguesa de Paulo Quintela. Mas conhecia-o. A memória já nos prega cada partida!!! ;)
ResponderEliminarA mim também me acontece. Aliás, este poema pensava-o, recordado, como se fosse passado numa rua e acontecido num bairro judeu (Veja lá, Maria!), quando, de facto, não era.
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