Raras vezes uma Natureza Morta, em pintura, colhe a minha admiração, de forma especial. Há, no entanto, algumas excepções, como esta obra de Guilliam Gabron (1619-1678), que pertence ao Museu Mayer van den Bergh, de Antuérpia. Os dados sobre este pintor flamengo (?) são escassíssimos, para lá das datas de nascimento e morte. O quadro terá sido executado nos últimos anos de vida do artista e denuncia uma técnica depurada e sóbria, nos escuros predominantes e nos brilhos de metais, contrastando com a claridade que habita, normalmente, as telas do seu contemporâneo Cornelis Mahu (1613-1689) que tem temas e um estilo semelhantes. As obras de Guilliam Gabron são, habitualmente, muito disputadas e atingem preços altos em leilões internacionais.
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