É relativamente recente (2009) a minha descoberta do pintor belga Eugène Laermans (1864-1940) de que vi os primeiros quadros no Museu das Belas-Artes, de Antuérpia. O seu quadro "O Cego" (em imagem), de 1898, ficou-me, desde logo, na memória. Surdo e quase mudo, por complicações motivadas por uma meningite e pela febre tifóide, na infância, a vida de Laermans foi marcada por adversidades várias. Em 1927, ficou cego, mas três anos antes já tinha deixado de pintar. Razões que talvez expliquem o dramatismo e solidão que ressumam de muitas das suas telas, onde o "plat pays", de que falava Brel, se desenvolve em longos planos de horizonte e onde os mais desfavorecidos, sejam eles os pobres, as viúvas, os emigrantes e os operários têm, quase sempre, lugar cativo. Num realismo impressivo e tenso.
Não conheço este pintor e gostei bastante deste quadro.
ResponderEliminarCom fama, enquanto vivo, está hoje um pouco esquecido, muito embora os críticos da arte reconheçam a qualidade da sua obra.
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