Com este sol envergonhado dos últimos dias, nem as beldroegas crescem para a sopa, nem as andorinhas andam confortáveis. Recolhem tarde, voam mais tempo, decerto porque o exercício e movimento as aquece; e os insectos, sem o calor habitual de Julho, são em menor número, pelos ares. Há cruzamento de ventos: do mar, a oeste, vem nuvens café com leite, as nortadas vão contribuindo com nuvens cinzentas muito escuras. E, quando confluem, em diagonal, dirigem-se mescladas para sudeste. O Verão travestiu-se de Outono, neste Julho estranho, para mágoa de muitos. Ou, como dizia Cesário: "Nas nossas ruas, ao anoitecer / Há tal soturnidade, há tal melancolia, / Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia..."
Dizem que o tempo vai aquecer, de modo que as beldroegas vão crescer. :)
ResponderEliminarObrigado, MR, pela esperança. É que o que existe de "portulaca" nem sequer para um caldinho dá...
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