"...Porque o escritor que evoca a ceia patriarcal da «noite do galo» não chora tanto uma crença que se perdeu ou tornou tíbia, como chora uma certa e determinada conformação da vida moral, um estado de espírito tributário de certa atitude religiosa muito menos importante para ele do que os efeitos sedativos que tinha. O pastor de surrão, o cordeirinho, a burra do presépio, o bafo da vaca, as urnas e os mantos dos Reis Magos, a consoada e as pratas da mesa da ceia são meros atributos de uma paz doméstica abalada, e sinais de um conforto adjectivo. ..." (1944)
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