domingo, 11 de maio de 2025

Curiosidades 111

 

Há, muitas vezes, parcerias úteis e justificadas, os prefácios podem ser uma delas, em livros. Estou a lembrar-me do de Eça de Queirós nos Azulejos (1921), do Conde de Arnoso (1855-1911). Ou a carta-prefácio de Carlos Malheiro Dias (1875-1945) no primeiro livro de Aquilino Ribeiro (1885-1963), Jardim das Tormentas (1913). Prólogos recomendando ou explicando a obra são normalmente um incentivo à leitura, quando feitos por autores já consagrados.
Um caso exemplar se passa com o único livro de poesia publicado pelo judeu russo (Donetsk) Eliezer Kamenezky (1888-1957), Alma Errante (1932), que tem um prefácio de Fernando Pessoa. Kamenezky ficou conhecido por ser um propagandista do vegetarianismo e ter entrado em 3 dos filmes de Lopes Ribeiro, e não só. Porém, o prefácio de Pessoa torna a obra, ainda que vulgar, muito apetecível dos bibliófilos em leilões, e o nome dele bem mais conhecido.

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