Nachtgedanken
(…)
Quando os ventos da Alemanha não correm de feição, como é o caso presente, lembro-me sempre do início dos versos de Heinrich Heine: [trad. livre: Quando penso na Alemanha durante a noite, então fico sem dormir ... ]
Ora, com problemas normais de insónias, é então esta noite que, por razões de peso, fico sem dormir.
Assistir, no ocaso da vida, a uma nova república de camisas castanhas, - i.e., e falando claro: uma quase República NAZI - não desejava, nem merecia.
Sem familiares na antiga RDA, nem aversão objectiva a Ossis, tenho vindo a reconhecer que os lutadores pela unificação da antiga RDA para com a BRD, pelos quais nutria um imenso respeito cívico, devem estar PROFUNDAMENTE desapontados e tristes. Onde estarão, o que pensam desta vergonha nacional ?
Valeu a pena o seu esforço ? Afinal, a gentinha rude, que na altura não se manifestava, devia é gostar da autoridade, do controlo policial e do sempre presente chefe do partido, e, sobretudo, das migalhas do orçamento da SED e, como diz um amigo meu, das bananas que vinham dos países amigos !
Tanta vergonha de ver uma Alemanha assim.
Um PAÍS DE CULTURA a ser entregue de novo a arruaceiros ?
Post de HMJ
É difícil as pessoas aprenderem a viver em democracia. E, principalmente, conviverem com a diferença, apesar de todas as declarações em contrário que façam.
ResponderEliminarÉ perigoso, como se está ver em toda a Europa, deixar partidos não democráticos jogarem no jogo democrático. Não sei onde isto nos vai levar.
Boa semana!
De HMJ para MR:
EliminarO abuso da democracia por forças reaccionárias é um desafio para todos nós, diariamente denunciar a hipocrisia desta gentinha com apoios de uma massa acéfala que nem imagina o que lhes iria sobrar na sopa dos pobres dos "Chegas".
Aos votantes da AfD da antiga RDA, já que não gostam da democracia da BRD, sugere-se que se candidatem a uma reunificação com o Império de Putin, agradecendo-lhe os antigos serviços secretos prestados no território e, não esquecendo, para se inscrever nas forças de combate para a Ucrânia.
Quando se fala em conviver com a diferença, parece que só há duas opções: ou se convive ou se é racista. Mas é mais complicado do que isso. Estou à vontade para falar, porque não sou racista, e convivo perfeitamente com a diferença, mas tal como muitas pessoas, não me agrada esta chegada descontrolada de gente, ao nosso país e à Europa. Vem o bom e o mau e muitas outras implicações. Penso que é isso que traz as pessoas apreensivas e descontentes e não a diferença, pois diferentes somos todos nós.
ResponderEliminarUma boa semana:))
De HMJ para Isabel
EliminarPois, o problema da direita na Alemanha é mais grave, porque mina a própria democracia e os emigrantes são apenas um pretexto.