Porque não! Nunca pensei doutra maneira,
Que Deus é essa grande ausência
Pelas nossas vidas, o silêncio vazio
Por dentro, o lugar por onde vamos à procura,
Não pela esperança de chegar ou encontrar.
Porque ele se esconde nos intervalos
Do nosso conhecimento e na escuridão
Que há entre as estrelas. Por aí ficam os ecos
Que seguimos, os sinais que ele deixou.
Pomos neles ainda as nossas mãos
Do seu lado esperando sentir o lugar
Se ainda está morno. Olhamos para gentes
E lugares, como se também ele os tivesse
fixado no olhar; mas falta o seu reflexo.
Ronald Stuart Thomas ( Gales, 1913-2000).
...os vincos profundos no rosto do poeta são o reflexo dessa ausência, não acha...?
ResponderEliminarBom Domingo!
É bem possível. As dúvidas ontológicas e até metafísicas não lhe seriam alheias.
EliminarStuart Thomas era um pastor anglicano. Não o referi no poste para não condicionar a leitura da tradução, que fiz, do poema.
Retribuo com estima.