(...) Pensão Penguim. Já estava esquecido do ambiente inglês - tive a impressão que entrava numa das pensões do Sul da Inglaterra. Só ingleses e para cúmulo só comida inglesa. Ao jantar a sopa parecia desmaiada - o peixe e a carne à rasca para se distinguirem de paladar, ambos com batatas ressequidas de acompanhamento, pouco gosto além do unto mal lavado. Os ingleses conseguem transportar para o estrangeiro o bom das suas maneiras e o mau hábito da sua comida. Desforrei-me nas laranjas. (...)
Ruben A. (1920-1975), in Páginas (VI).
Li pouca coisa do Ruben A., mas estava-me a preparar para o reler e ler, quando veio o confinamento. Mas continua na minha lista de desejos. :) Era um tipo cheio de humor.
ResponderEliminarBom sábado!
Ligeiro, mas muito divertido. Infelizmente, não conheço o historiador que ele foi, também..:-(
EliminarComo prosador, tem uma expressão que eu fixei: "...O Vouga, o rio mais tímido que há em Portugal."
Bom fim-de-semana.
Três vezes o comentário desapareceu. Última tentativa sintetizada.
ResponderEliminarNunca li nada de Ruben A. Fiquei interessada. Concordo coma opinião
sobre a comida inglesa. Finalmente hoje consegui almoçar em Lisboa
e muito bem, ainda por cima a olhar para os os bonitos jacarandás do Rato.
Antes que desapareça mais uma vez o comentário, desejo-lhe um bom fim
de semana.
Lamento os inconvenientes...
EliminarTambém já me fartei de ver jacarandás floridos, creio que a diminuição da poluição (menos carros) ajudou.
Quanto a Ruben A., sugiro "Cores", "O Mundo à Minha Procura" (3 vols.) e "Páginas" (6 vols.). Não gostei de "A Torre de Barbela", na temática prefiro, de longe, "A Casa Grande de Romarigães" de Aquilino.
Retribuo, com estima.