segunda-feira, 20 de abril de 2020

Osmose 114


Haja empatia, mesmo que irracional, delicadeza por um ocasional primeiro contacto ou afinidade, e todos acabámos por nos darmos a conhecer, mais ou menos, quando em convívio. Às vezes, errámos, por benevolência, excesso de democracia, caridade ou ligeireza: vem ao grupo alguém que não tem nada a ver connosco, e que, por gentileza urbana, inicialmente, não temos a coragem de sacudir... Tentamos dar a entender a inconveniência dos seus propósitos, por pequenos sinais, mas a limitação mental do freguês (ou freguesa), que é bronco, impertinente ou burgesso, não lhe permite perceber e, por isso, não nos desampara a loja, de imediato. Ou porque gosta de se fazer ouvir noutros universos, que não são os seus, nem serão nunca.
Como diria Torga à filha, a propósito de VGM: quem compra o campo, também compra as pedras.

6 comentários:

  1. Caro APS, eu diria que não foi só o Corona vírus que resolveu atacar em força...
    Eu gosto de comentar em blogs que falam de temas que me são caros e geralmente para concordar; se discordo, prefiro não comentar.
    Já me aconteceu comentar e não ter retorno. Se isso acontecer duas vezes, retiro-me de mansinho, depreendo que não sou bem-vinda... afinal não podemos agradar a todos.
    Já sabe, se não me quiser por aqui basta não me responder duas vezes: eclipso-me totalmente :(
    Mas isto sou eu.
    E claro que vou ter pena.
    🌻

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    Respostas
    1. É muito cedo e prematuro para fazer juízos, mas não será o caso, naturalmente..:-)
      Desejo-lhe um bom resto de tarde.

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    2. Obrigada, igualmente.
      Por aqui chove bastante.
      A minha primeira ópera foi La Boheme (com e grave que este teclado não tem), do Puccini, e foi no S. Carlos, e foi um deslumbramento.
      A segunda também foi lá, numa matinée de domingo: O Barbeiro de Sevilha, com o Álvaro Malta. Vi mais algumas no Coliseu, mas também já não recordo quais.
      O que recordo bem é de ter ficado encantada com a Flauta Mágica, do Mozart, que vi no Londres aquando da estreia do filme do Bergman. A maneira como ele filmou as expressões nos rostos das pessoas que assistiam à ópera, a música, a história, tudo tão bonito. Tenho cá o DVD, está na altura de o rever...

      Boa tarde.

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    3. A minha coroa de glória foi, em finais dos anos 60 (1967?), ter visto e ouvido, no Coliseu dos Recreios (Lisboa), Igor Stravinsky dirigir, pessoalmente e ao vivo, algumas das suas obras.
      Boa tarde.

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    4. Ah, em 1967 andava eu muito entretida a ouvir os Beatles, ainda não tinha despertado para outro tipo de música :))
      A minha coroa (bem, talvez uma tiara) foi assistir a um Concerto Promenade no Royal Albert Hall, em Agosto de 1980.
      Programa: Mozart!
      E aí descobri que os ingleses eram muito diferentes de nós, mais civilizados e com mais sentido de humor.
      E hoje não melgo mais, prometo.
      🌻


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    5. Já nessa altura eu era ambivalente: também gostava e ouvia os 4 Fabulosos..:-)

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