Quando morre um poeta da minha estimação, fica-me um vazio por saber que não mais vai haver novos poemas dele - para eu ler. Assim me aconteceu com a morte de Eugénio de Andrade. Como se fora um dialecto da língua materna que se interrompesse para sempre.
Manoel Wenceslau Leite de Barros (1916-2014), brasileiro e grande poeta da língua portuguesa, faleceu hoje, a pouco mais de um mês de completar 98 anos, deixando-nos, embora, uma obra vasta.
A sua poesia tinha a frescura da infantil descoberta comovida do mundo e das palavras, ainda que velhas, mas escolhidas e escritas pela mão de um adulto, com um enorme domínio das raízes da língua. E, por isso, ele sabia dizer coisas tão simples e profundas como estas:
Poesia não é para compreender mas para incorporar.
Entender é parede: procure ser árvore.
Não sabia. Boa ocasião para reler alguns poemas dele.
ResponderEliminarMiss Tolstoi
No último ano era já um ser humano muito enfraquecido..:-(
EliminarMas a sua poesia continua vivíssima e fresca.
Tb não sabia...
ResponderEliminarO Público dedicou-lhe, hoje, uma página inteira, mas, mesmo no Brasil, ele não teve a difusão que merecia a qualidade e singularidade da sua obra poética.
EliminarUma notícia triste num belo texto !
ResponderEliminarGostei particularmente do último parágrafo e da consequente citação de Manoel de Barros.
Conheço muito pouco dele. Irei ler mais.
Boa noite.
É um grande poeta que vale a pena ler.
EliminarBom fim-de-semana!