quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

A par e passo 19


Dizer: Eu amo-te, a alguém, nunca ninguém o inventou; aí não há senão um recitar de lição, desempenhar um papel, começar a debitar, a sentir e a fazer sentir tudo aquilo que há de já aprendido no amor.
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O prazer que existe em compreender certos pensamentos delicados predispõe o espírito a favor das suas conclusões.
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A verdadeira tradição das grandes coisas não está no facto de refazer o que outros fizeram, mas no reencontrar o espírito que construiu essas coisas grandes e que fará outras, em tempos diversos.

Paul Valéry, in Tel Quel II (pgs. 151/7).

5 comentários:

  1. É sempre um prazer pensar com este Senhor.

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  2. Concordo com as duas últimas.
    Sim de facto o Sr. Valéry faz-nos ter consciência de algumas "vérités de La Palice" muitas vezes guardadas bem no fundo do baú (falo por mim).
    Para ser sincera a 1ª não a compreendi....
    AL

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  3. Creio que P. V. se refere ao estereotipo que algumas expressões acabam por ser, por repetição excessiva e esvaziamento gradual de sentido, AL.

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  4. :) acabei de subscrever a 1ª
    Obrigado APS!
    AL

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