quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Catarse


Houve uma altura em que, perante o desânimo acumulado ao fim de um dia de trabalho, procurava umas "Notas Contemporâneas" ou umas "Páginas de Jornalismo" em que Eça de Queiroz falava sobre o ensino. Embora de natureza triste, animava-me o facto de, já em finais do século XIX, alguém apontar, com graça, os vícios da "instrução pública". 
Numa sequência, e pelo desenvolvimento do mundo virtual, cheguei aos vídeos do Bruno Aleixo. Tanto o registo antigo como o moderno tinham um efeito de catarse. Um certo "limpar da alma" perante a constatação de que os professores costumam falar em "alhos" e os meninos responderem ou entenderem "bugalhos", num misto de ignorância, esperteza saloia e indolência.
A mudança, se houve, foi sobretudo na "moda das marcas" no início do ano lectivo, em detrimento dos livros de leitura, a não confundir com os chamados "manuais".
Quanto aos professores, aos "novos coletes de varas", aplicados paulatinamente por uma ideologia disfarçada em política educativa, remeto para as considerações, muito oportunas, de António Guerreiro, objecto de um "post" meu no ARPOSE de 26.7.2012.
Mas vamos à catarse com um episódio do Bruno Aleixo.


Post de HMJ


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