domingo, 1 de janeiro de 2012

Osmose (27)


Não perguntes, espera. Que ela diga, desse tempo a sós que teve, o que quiser dizer. Desse regresso, depois, ou concentração mais íntima com as coisas mais fundas da terra e da carne.
Os afectos não se podem dizer, nem comparar. Muito menos medir as amizades. Só dos factos concretos e reais, poderemos talvez avaliar os danos, tentar equilibrar os efeitos, medir porventura a força dos sentimentos.
Na perda, também o tempo, como diria Yourcenar, é o grande escultor.

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