segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Verde azul


Na terceira linha do horizonte, depois do rio e da mancha alta e cinzenta da Arrábida, as nuvens assumem um espantoso verde azul, improduzível, que, creio, nem Turner descobriu - decerto. Também o vejo pela primeira vez, que me lembre. Entre o fundo da terra e, mais alta, a cor banal do céu, com os habituais branco, azul e esparsos fiapos de nuvens róseas, este raro verde azul, ao fim da tarde. Será o raio verde de que fala Júlio Verne, mas numa exposição alongada e demorada?
Quanto aos estorninhos já sei que, o mais tardar, às 17,30, desaparecem do horizonte e deixo de os ver. Mas não sei para onde vão.

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