Regressa-se de barco, automóvel, avião ou comboio e, para nosso espanto, tudo parece estar como o deixamos. Na sua rotina, na sua posição estática de desconserto:
a) A temperatura acima dos 30º;
b) O arrumador da rua a agitar violentamente o parquímetro, por volta da 1 hora da manhã, a ver se cai alguma moeda, ou se o consegue avariar. Retirando um ou dois pilaretes do passeio para ajudar a lá meter mais carros;
c) O penúltimo lanço das escadas rolantes do Metro, na estação Baixa-Chiado, continua avariado e parado. Em jeito de bónus, há mais duas lâmpadas fundidas, pelo menos há 6 dias, pelas escadas.
Concluo que deus dorme, por causa da canícula. A EMEL e a polícia já foram para casa descansar por causa do dia cansativo que tiveram. E Administração do Metropolitano de Lisboa, que não está para se preocupar com ninharias, foi de férias, e pensa a estratégia do próximo ano...
E ao ver a estátua de Lagoa Henriques, penso nos versos de Fernando Pessoa: "... e o universo/ reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o dono da tabacaria sorriu."
É incrível. Acho que é desta que vou fazer um post no Prosimetron sobre o Metro, um dos tais que andam há muito adiados.
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