Eu já andava com saudades delas, sobretudo, depois de ter contado aqui, no Arpose (31/7), uma história sobre a sopa de beldroegas. Por outro lado, via-as crescer, imparavelmente, em dois dos vasos de flores da varanda virada a leste. De geração espontânea, aliás, que eu nunca as plantei. Era uma perdição e, embora HMJ me dissesse que a quantidade de folhas era insuficiente para uma sopa substancial, ainda assim foi gentil a ponto de me deixar uma fotocópia da receita. Tirou-a da "Cozinha Tradicional Portuguesa" de Maria de Lourdes Modesto. Entretanto, eu fui ganhando balanço e coragem, ao vê-las crescer, imensas, nos vasos da varanda. Acontece por acréscimo que eu nunca tinha feito uma sopa, na minha vida. Mas " a necessidade pode muito", já lá dizia o Garrett. Quanto ao resto, e em matéria de cozinha, sou como aquelas empregadas domésticas antigas, que diziam: "Sei fazer o trivial!"
No sábado passado, comprei 2 queijinhos frescos, de cabra, em sítio recomendável e aqui perto; e adormeci a planear a sopa de beldroegas. No domingo, de manhã, "ceifei" cerca de 12 ramos e durante vinte minutos depeniquei as folhas verdes. Segui a receita à risca, embora adaptando-a a uma mini-dose. A confecção correu bem, afora devesse ter posto um pouco menos de água e de azeite. O resto estava correcto, e usei apenas meio queijinho fresco de cabra.
A sopa de beldroegas estava excelente. Acompanhei-a com dois tragos de branco alentejano "Figueirinha, Reserva, 2009" (Chardonnay, Antão Vaz e Arinto), fresco, que se portou bem como companhia. E, como não sou invejoso e gosto de partilhar as coisas boas, aqui deixo a receita.
Boa sorte e bom proveito, a quem quiser arriscar!
Nota curiosa: o nome científico da beldroega é "portulaca".
Com tão delicioso relato, vou ter de experimentar também, um dia destes.
ResponderEliminarVim só dar uma espreitadela, mas agora vou ter de ir fazer uma sopa de tomate. No sítio onde estou só de quando em vez consigo escapulir-me até aqui. Voltarei mais logo, se conseguir.
A de tomate, lembrou-me a de cebola (francesa),c.a.. Isto´,hoje, apesar do calor é só sopas; apetece dizer: "...saia um caldo verde!, para a mesa do fundo..."
ResponderEliminarUma boa noite para si.
Inveja, inveja. :)
ResponderEliminarMas realmente com o calor que tem feito, pus as sopas de parte, excepção a um gaspacho de pacote. Não me mate, APS!
c.a., adoro sopa de tomate, qualquer que seja.
Pode ser que o Jad, que nunca comeu sopa de beldroegas, pegue na receita da Maria de Lurdes Modesto e crave alguém para lha fazer.
ResponderEliminarFaço votos que nos altos desígnios, a sopa venha a caminho, para MR e JAD.
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ResponderEliminarPara mim não que já não a como há mil anos.
ResponderEliminarQuanto ao Jad, nada melhor do que cravá-la, nas suas férias alentejanas, in loco. Acho que é uma sopa alentejana, não é?
Mas vou experimentar colocar beldroegas, se as encontrar, num vaso.
ResponderEliminarÀ sopa é alentejana. E o crescimento das beldroegas é pródigo e rápido. Às vezes, até as vejo a crescer, pelas ruas, até em Lisboa.
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