Luis Rosales Camacho nasceu a 31 de Maio de 1910, em Granada, e morreu em 1992. Conservador na sua juventude, evoluiu gradualmente para posições mais liberais e democráticas. É habitual integrá-lo na corrente poética denominada "Geração de 36". O seu livro mais considerado é "La casa encendida", de 1949. Foi Prémio Cervantes 1982. Traduz-se-lhe o poema "Viento en la Carne":
Deus está perto. O trigo
dobra-se como um anjo
anunciador que sente
a benção do ar;
os choupos ardendo
de amor na paisagem,
aves que prosseguem
seu voo penetrante,
a neve fugitiva
do arroio no vale;
pode ser a última vez
que lembro a tua imagem!
Candidamente ilesa
se recompõe a tarde
que o poente dourou,
e no silêncio grave,
um vento sem ruído
mas glorioso e ágil
decora alegremente
os olivais cinzentos
na contraluz de prata
campesina e afável,
e penso que a morte
terá na minha carne
a clara valentia
do vento entre as árvores.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarGostei deste poema de um poeta que nunca li.
ResponderEliminarE hoje faz-nos falta alguma brisa, já nem digo vento.
Está tudo muito parado...mas anunciam aguaceiros para amanhã, embora o céu esteja limpíssimo.
ResponderEliminarAinda bem que gostou do poema,MR.
Gostei muito do poema.
ResponderEliminarA foto é extraordinária, porque creio que as corujas são animais esquivos...
Óptimo,c.a..
ResponderEliminarNão é coruja, é um bufo, que é da família das corujas. E se não fosse a legenda da fotografia, eu não saberia distingui-lo. São ariscas, são...
Até hoje só vi uma vez,uma coruja em liberdade, eram umas 10,30 da manhã, a atravessar a estrada de um matagal para outro matagal.Mas também poderia ser um bufo "outrabandista"...