Saído recentemente (Junho de 2010) dos prelos da Editorial Presença, o livro "Isabel de Portugal - Duquesa de Borgonha", de Daniel Lacerda, não perseguindo altas ambições, é uma biografia com ampla informação e bibliografia, simpática de ler, sobre a filha do nosso rei D. João I e Filipa de Lencastre, e que foi esposa de Filipe, o Bom, Duque de Borgonha.
Daniel Lacerda conta-nos o gosto que Isabel de Portugal (1397-1474) tinha por aves e a prenda pré-nupcial, que Filipe III lhe fez, de dois cisnes; também se fica a saber a origem da ordem do Tosão de Ouro, criada em 1429, para celebrar o casamento ducal, onde também se bebeu o "doce moscatel trazido de Portugal".
Não sendo muito habitual, no Arpose, falar-se de livros recentes abre-se uma excepção a este volume histórico-biográfico de leitura muito agradável.
Registado! :-)
ResponderEliminarNão sabia que já tinha sido traduzida.
ResponderEliminarDesde que fui ver a exposição sobre Carlos, o Temerário, no ano passado, que fiquei com vontade de ler uma biografia da mãe.
Obrigada!
Para c.a. e MR:
ResponderEliminarnão é nenhuma obra-prima, mas lê-se muito bem, e parece-me trabalho limpo e honesto.
Deu-me uma boa ideia para um presente a um amigo, que gosta de biografias. E já não é mau, no mundo das biografias que por aí pululam, ser um "trabalho limpo e honesto". Obrigada!
ResponderEliminarDe nada!
ResponderEliminarTrata-se de uma biografia baseada em documentos franceses e portugueses (raros), não romanceada e sem especulação de hipóteses, como fazem certos autores (mesmo alguns historiadoes sobretudo do período medieval).A duquesa Isabelembora ser merecia ser destacada devido à sua notabilidade e inteireza de temperameno. Descendente de ingleses e de pai português, pode dizer-se que conservou imensos laços a Portugal, que continuam a ainda a descobrir-se. Através dela nota-se melhor o papel que Portugal então desempenhava na Europa, antes das Grandes Descobertas e da perseguição dos judeus portugueses. Ela representa exemplarmente a figura duma princesa que soube representar um papel destacado numa corte dominada pelos ideais da cavalaria, porque forjara uma forte personalidade na corte onde os conceitos do humanismo faziam o seu caminho, sabendo acolher os seus portadores. Menos romanescamente, mais mais humanísticamente o sua figura é portadora da bandeira de valores de elevação da feminidade que a cultura portuguesa só ganha em reconhecer.
ResponderEliminarAgradeço o seu testemunho (de Autor?).
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