Esperamos o vento, à noite, como os romanos esperavam os Bárbaros, no poema de Constantino Cavafy (1863-1933), que Jorge de Sena, exemplarmente, traduziu. Abrimos as janelas, as portadas das varandas, à espera da mais pequena brisa, que corra e refresque a casa. Que não se cumpra, em relação ao vento, o destino inscrito no poema de Cavafy, na tradução de Sena:
...Porque a noite caíu e os Bárbaros não vieram.
E umas pessoas que chegaram da fronteira
dizem que não há lá sinal de Bárbaros.
E agora, que vai ser de nós sem os Bárbaros?
Essa gente era uma espécie de solução.
Fantástico! Não conhecia. Mas tem razão: que seria de nós sem os Bárbaros?
ResponderEliminarPara mim,c.a., é uma metáfora de grande alcance. E Cavafy (ou Cavafis)um grande poeta. Yourcenar também o traduziu para francês.
ResponderEliminar«Essa gente era uma espécie de solução.» :)
ResponderEliminarGosto imenso de Cavafy e da colectânea traduzida por Sena.
Acho que tem bom gosto,MR.
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